tag:blogger.com,1999:blog-41332429612016886012024-03-13T15:21:18.723-07:00Reino das NévoasCamila Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/00281836503921538472noreply@blogger.comBlogger44125tag:blogger.com,1999:blog-4133242961201688601.post-53049682250630360302017-08-02T06:13:00.001-07:002017-08-02T06:13:20.110-07:00Reino das Névoas à venda na Amazon por R$ 7,00!<div class="entry-content" style="background-color: #fcfcfc; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: "Quattrocento Sans", sans-serif; font-size: 18px; margin: 0px 0px 1.7em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<div style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 1.7em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Antes tarde do que nunca: meu livro <em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Reino das Névoas, contos de fadas para adultos </em>está <a data-calypso-processed-link="true" href="https://ler.amazon.com.br/kp/embed?asin=B074GNSB27&preview=newtab&linkCode=kpe&ref_=cm_sw_r_kb_dp_NXCGzbVYCDSJW" style="border: 0px; box-sizing: border-box; color: #10759c; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: none; transition: all 0.2s ease-in-out; vertical-align: baseline;" target="_blank">à venda como e-book na Amazon por R$ 7,00</a>!</div>
<div style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 1.7em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Se você gostou do livro, por favor, compartilhe! <img alt="🙂" class="emoji" draggable="false" src="https://s0.wp.com/wp-content/mu-plugins/wpcom-smileys/twemoji/2/svg/1f642.svg" style="background: none !important; border: none !important; box-shadow: none !important; box-sizing: border-box; display: inline !important; height: 1em !important; margin: 0px 0.07em !important; max-width: 100%; padding: 0px !important; vertical-align: -0.1em !important; width: 1em !important;" /></div>
<div style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 1.7em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Se ainda não conhece, eis uma chance difícil de perder… <img alt="😉" class="emoji" draggable="false" src="https://s0.wp.com/wp-content/mu-plugins/wpcom-smileys/twemoji/2/svg/1f609.svg" style="background: none !important; border: none !important; box-shadow: none !important; box-sizing: border-box; display: inline !important; height: 1em !important; margin: 0px 0.07em !important; max-width: 100%; padding: 0px !important; vertical-align: -0.1em !important; width: 1em !important;" /></div>
<div style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 1.7em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Se quiser saber um pouco mais sobre o livro, <a data-calypso-processed-link="true" href="https://reinodasnevoas.blogspot.com.br/" style="border: 0px; box-sizing: border-box; color: #10759c; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: none; transition: all 0.2s ease-in-out; vertical-align: baseline;" target="_blank">visite o blog oficial </a>com resenhas e opiniões de leitores.</div>
<div style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 1.7em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Reino das Névoas</em> foi ganhador de uma bolsa para publicação do ProAC (Programa de Ação Cultural da Secretaria de Estado da Cultura) em 2010. Com sete histórias e ilustrações de minha autoria, contém o conto <em style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">A outra margem do rio</em>, primeiro lugar no Concurso Hydra de Literatura Fantástica em 2014.</div>
<div class="embed-amazon" style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="550" src="https://ler.amazon.com.br/kp/card?preview=inline&linkCode=kpe&ref_=k4w_oembed_AuitFEp6sGbIuA&asin=B074GNSB27&tag=kpembed-20" style="border-style: initial; border-width: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; max-width: 100%; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;" type="text/html" width="676"></iframe></div>
</div>
<footer class="entry-meta" style="background-color: #fcfcfc; box-sizing: border-box; color: #6d6d6d; font-family: "Quattrocento Sans", sans-serif; font-size: 1.4rem; letter-spacing: 1px; margin: 0.85em 0px; text-transform: uppercase;"><div class="entry-tags" style="border: 0px; box-sizing: border-box; clip: rect(1px 1px 1px 1px); font-family: inherit; font-size: 14px; font-style: inherit; font-weight: inherit; height: 1px; margin: 0px 0px 0px 12px; outline: 0px; overflow: hidden; padding: 0px; position: absolute; vertical-align: baseline; width: 1px;">
<a data-calypso-processed-link="true" href="https://camilafernandes.wordpress.com/tag/artistas-brasileiras/" rel="tag" style="background: rgba(118, 118, 118, 0.4); border-radius: 0px 2px 2px 0px; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #6d6d6d; display: inline-block; font-family: inherit; font-size: 1.2rem; font-style: inherit; font-weight: 700; line-height: 1; margin: 0.85em 1.7em 0.85em 0px; outline: 0px; padding: 6px; position: relative; text-decoration-line: none; transition: all 0.2s ease-in-out; vertical-align: baseline;">ARTISTAS BRASILEIRAS</a></div>
</footer>Mila Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/18001559583701444404noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4133242961201688601.post-54548363429605210472017-07-26T18:37:00.000-07:002017-07-26T15:41:36.182-07:00Cada conto mexeu comigo"Se você gosta de ler, provavelmente já passou por isto: <b>as leituras são muitas, mas podemos contar nos dedos de uma mão aquelas que conseguiram mexer profundamente com nossos sentimentos</b>. O livro <i>Reino das Névoas</i>, de Camila Fernandes, é um deles. Sem dúvida é uma viagem mística pelo reino das névoas de nosso imaginário e sentimentos, principalmente do universo feminino. Por entre as linhas e os contos <b>podemos sentir que a autora colocou sua alma na escrita</b> e isso me tocou profundamente. O livro, ganhador de uma bolsa do ProAC e publicado com apoio do Governo do Estado, foi bom merecedor do prêmio, merece muito mais reconhecimento do que teve até hoje, mas além disso, Camila merece as mais elevadas estimas por ter conseguido escrever com tanta sinceridade, que, aliada à fantasia, é uma poderosa arma de reflexão e empatia.<br />
<br />
"Não vou dizer que foi uma leitura fácil, cada conto mexeu muito comigo. Acredito que, para chegar a esse resultado, a escrita tenha mexido ainda mais com ela. Por isso, muito obrigada e parabéns pela coragem, de todo o meu coração, ainda profundamente tocado por cada palavra escrita, cada cena e cada sentimento por trás das palavras.<br />
<br />
"Ah! <b>As ilustrações, feitas pela própria autora, são um show à parte.</b> Fiquei vários minutos contemplando cada uma. Vale a pena.<br />
<br />
"O tempo é nosso bem mais precioso. O que gastamos dele não volta jamais. Por isso fico muito feliz e honrada por ter investido o meu tempo nessa leitura tão maravilhosa. Minha gratidão eterna a Camila e a sua coragem. Aguardo os próximos livros!"<br />
<div>
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<b>Mariana Traviesso Bassi, produtora de conteúdo do Estúdio QsM</b></div>
Mila Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/18001559583701444404noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4133242961201688601.post-58615330742962632252017-03-01T15:07:00.002-08:002017-03-01T15:08:52.848-08:00A correção da palavra, a condução das cenas e a delicadeza...Domingo passado, Carnaval, chegou esta mensagem da Thais, que leu <i>Reino das Névoas</i> duas vezes seguidas no fim de semana prolongado.<br />
<div>
<br /></div>
<blockquote class="tr_bq">
<i>Acabei de ler o livro. Confesso que quando cheguei à página 100 e li o título do conto fiquei triste. “Reino das Névoas”. Pensei logo: "Ah, não! Mas esse é o último conto!" Sou dessas de ter com a leitura a reverência dos que conhecem vinho. Degusto. Aí fechei o tomo. Compreenda, eram as últimas gotas da garrafa. Não queria que o líquido que me nutria acabasse.<br />Tentei fazer mil coisas. Liguei a televisão, fui caçar série. E o livro lá, me vigiando do sofá com um olho meio aberto, meio dormido. Rodeei, rodeei. Quando passei pela milésima vez por ele, não teve jeito. Sentei no sofá e mergulhei nele de novo. Emergi agora. Não é bom escrever estando assim, meio anestesiada. Ainda não sei se sinto calor ou se faz frio. Independente disso, faço questão de celebrar o vinho perfeito! A correção da palavra, a condução das cenas e a delicadeza, inclusive para tratar a violência. Que raro isso! Que caro! E foi criado em nossa língua! Estou orgulhosa e feliz. Parabéns, Camila! Aguardo sua próxima criação. Por favor, continue escrevendo!<br /> <b>Thais Procópio</b></i></blockquote>
<div>
<br /></div>
Para uma escritora, não tem alegria maior que causar esse efeito numa leitora. Pode parecer vaidade, e talvez seja... Mas, quando leio um livro, busco para mim esse mesmo efeito arrebatador e fico triste quando não o encontro. Então, para mim é um prazer poder proporcionar isso a outra pessoa.<br />
<div>
<br />
<div>
Olha, se eu estivesse a ponto de desistir da escrita, acho que as palavras da leitora teriam me feito voltar com força redobrada. Fiquei até bestinha de emoção. Muito obrigada por isso, Thais!</div>
</div>
Mila Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/18001559583701444404noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4133242961201688601.post-73794443945447606342016-03-30T16:52:00.000-07:002016-03-30T16:52:27.346-07:00Esse espelho monstruoso em formato de livro<div style="margin-bottom: 6px;">
<br />Sobre <i>Reino das Névoas</i>, já recebi resenhas bonitas, resenhas lindíssimas. Mas esta me agarrou pelos colarinhos com meia dúzia de cebolas e várias facas bem afiadas! Talvez porque não seja exatamente uma resenha e sim uma impressão pessoal, mais relacionada ao que a leitora sentiu do que à história como eu a contei.<br /><br />O fato é: chorei, gente.<br /><br />Preciso agradecer à Mit Siqueira e a todas as outras pessoas que não só compraram o livro como o leram e fizeram questão de contar que gostaram. Não há nada mais gratificante para quem escreve do que saber que a mensagem chegou ao destinatário certo. Obrigada!<br /></div>
<blockquote style="margin-bottom: 6px;">
<i>Duvido de você nunca ter acordado exultante depois de um sonho bom ou apavorado por causa de um pesadelo aterrador. Também duvido de você nunca ter feito sonhar ou ter sido o protagonista dos pesadelos de alguém. Sim, somos feitos de dualidade, opostos de nós mesmos. Somos a fera que sangra com a flecha no peito e a princesa que chora de arrependimento por ter tramado a ferida. Aquele sangue é meu, aquela flecha é minha, eu me assumo vítima e agressora de mim mesma e de outrem. Sim, sou ré confessa.</i> </blockquote>
<blockquote style="margin-bottom: 6px;">
<i>E, no caminho de redenção e volta (vale a pena voltar?), por vezes perdemos um sapato, um vestido e a dignidade depois de tentar agarrar à força o que julgamos nos pertencer; nem sempre conseguimos, mas não resta dúvida: crescemos. A emboscada da floresta escura pode, sim, nos levar a uma clareira de paz, a uma lufada de ar fresco. E assim seguimos andando, ferindo e sendo feridos, titubeando desconfiados, mas nunca perdendo a coragem de enfrentar esse reino de névoas chamado vida.</i></blockquote>
<blockquote style="margin-bottom: 6px;">
<i>Em tempo, Camila, nunca terei palavras para agradecer por você ter compartilhado comigo esse espelho monstruoso em formato de livro. Deixo aqui o meu desejo de que a monstruosidade do </i>Reino das Névoa<i>s ainda cause muitos estragos arrebatadores por aí.</i> </blockquote>
<blockquote style="margin-bottom: 6px;">
<b>Mitsue Siqueira, tradutora</b></blockquote>
Mila Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/18001559583701444404noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4133242961201688601.post-84837723533916006812015-09-24T08:07:00.000-07:002015-09-24T08:07:01.212-07:00Nova resenha no blog Translittera, do Cleber Pacheco!<div class="tr_bq">
Nada deixa uma escritora mais feliz que ver os leitores contentes. Este mês, vendi alguns exemplares de <i>Reino das Névoas</i> a diversos leitores e um deles, o Cleber Pacheco, que também é escritor, escreveu uma resenha breve e muito positiva sobre o livro no seu blog, o <a href="http://www.translittera.blogspot.com.br/">Translittera</a>. Valeu, Cleber!</div>
<br />
<blockquote>
Contendo sete histórias e belas ilustrações da própria autora, O Reino das Névoas se sai bem em sua proposta de ser um livro de contos de fadas para adultos. </blockquote>
<blockquote>
A autora acerta em não se limitar a apenas fazer releituras, paráfrases ou paródias dos tradicionais contos de fadas. Ela cria um mundo próprio e o desenvolve, criando ainda situações que resgatam o lado mais obscuro do gênero, suscitando reflexões a respeito dos relacionamentos humanos e seus conflitos e dificuldades.Mas há também lugar para soluções engenhosas em situações difíceis como no conto A Outra Margem do Rio. Ou no interessante conto que dá título ao livro, com um desfecho interessante e original. </blockquote>
<blockquote>
Confesso que minha história preferida é O Lenhador e a Sombra,extremamente delicada, bela e poética. Merece constar em qualquer antologia de Literatura Fantástica. </blockquote>
<blockquote>
Aguardemos os próximos livros da autora.</blockquote>
Mila Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/18001559583701444404noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4133242961201688601.post-43288584789944834892015-07-15T12:02:00.002-07:002015-07-15T12:02:32.503-07:00Resenha de Reino das Névoas no blog Sem Serifa!Saiu ontem uma <a href="http://blogsemserifa.com/2015/07/13/resenha-reino-das-nevoas/">resenha de Reino das Névoas, feita pela Gi Pausa Dramática, no blog Sem Serifa</a>! Uma das melhores análises que meu livro já recebeu. Valeu, Gi!<br /><blockquote class="tr_bq">
"As protagonistas femininas são fortes e complexas. (...) Reino das Névoas é um livro no qual as mulheres salvam a si mesmas, a seus maridos e a seus reinos."</blockquote>
O <a href="http://blogsemserifa.com/">Sem Serifa</a>, aliás, é conhecido por suas resenhas bem escritas e honestas. Vale a pena passar um tempo navegando por elas.<div>
<br /></div>
<div>
Passem por lá para conhecer o blog e conferir a resenha toda!</div>
Mila Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/18001559583701444404noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4133242961201688601.post-44980080824056528042015-07-04T14:16:00.002-07:002015-07-04T14:20:45.465-07:00ProAC?Graças à perspicácia da <a href="http://blogsemserifa.com/">Gi Pausa Dramática</a>, hoje vou corrigir uma falha neste blog: não há nada aqui explicando <b>que negócio é esse de lançar livro com o apoio do ProAC</b>. Eis minha experiência:<br />
<br />
Todo ano a <a href="http://www.cultura.sp.gov.br/portal/site/SEC/menuitem.426e45d805808ce06dd32b43a8638ca0/?vgnextoid=29378ac36e651410VgnVCM1000008936c80aRCRD">Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo publica os editais do ProAC (</a><a href="http://www.cultura.sp.gov.br/portal/site/SEC/menuitem.426e45d805808ce06dd32b43a8638ca0/?vgnextoid=29378ac36e651410VgnVCM1000008936c80aRCRD">Programa de Ação Cultural)</a>, oferecendo apoio financeiro para a realização de obras de literatura, teatro, dança, circo, etc.<br />
<br />
Em 2010, inscrevi o projeto de <i>Reino das Névoas</i> no ProAC e ganhei uma das bolsas para publicação de livros. Não sei como estão as regras hoje, pois as coisas mudam a cada ano. Se você tiver interesse em participar desses editais, fique de olho no <a href="http://www.cultura.sp.gov.br/portal/site/SEC/menuitem.426e45d805808ce06dd32b43a8638ca0/?vgnextoid=cfd78ac36e651410VgnVCM1000008936c80aRCRD&vgnextchannel=cfd78ac36e651410VgnVCM1000008936c80aRCRD">site da Secretaria da Cultura</a>. (Em 2015 não teve edital de literatura, infelizmente! Mas quem sabe ano que vem?) Mas, na época, o procedimento era assim: preenchia-se uma ficha com informações sobre o livro, explicando, entre outras coisas, por que o autor achava que ele devia ser publicado; anexavam-se cópias dos documentos pessoais do autor, um orçamento dos serviços nos quais pretendia investir o dinheiro da bolsa e um cronograma de até seis meses do projeto, que poderia ser prorrogado por mais 90 dias, se necessário. Finalizava-se com uma amostra de 10 páginas prontas do material. Aí, era esperar e torcer para o seu livro estar entre os escolhidos (ao todo, 30, se não me engano).<br />
<div>
<br /></div>
<div>
O que se ganhava era uma bolsa de <b>15 mil reais</b> para viabilizar a publicação do livro. Isso significa pagar pelos serviços estimados no orçamento: revisão, capa, diagramação, impressão, etc. Meu projeto foi selecionado. Finalizei o conto que ainda faltava, fiz as ilustrações, mandei para a revisão, depois para a diagramação. Mas produzo devagar e, claro, precisei pedir os 90 dias a mais, que o pessoal da Secretaria da Cultura concedeu. A equipe, aliás, foi sempre muito gentil e atenciosa ao me atender quando precisei tirar dúvidas.<br />
<br />
Os ganhadores poderiam publicar da forma que quisessem, com uma editora ou por conta própria. Eu já tinha portas abertas para publicar: levei o livro (e a grana) à <b>Tarja Editorial</b>, editora para a qual trabalhei como capista e revisora, além de já ter participado de várias das suas antologias. <i>Reino das Névoas</i> foi terminado e lançado em 2011, no Fantasticon. A Tarja infelizmente encerrou as atividades de publicação alguns anos depois. Mas os livros do seu catálogo, inclusive o meu, ainda estão à venda na <a href="https://foradeserie.tudonavitrine.com.br/produto/reino-das-nevoas-contos-de-fadas-para-adultos;$4JtUMQyqNuSOTndRan3eCw">Livraria Fora de Série</a>.<br />
<br />
O valor de 15 mil pode parecer alto, mas na verdade foi só o bastante. Bancou a revisão, a diagramação, um book trailer e, claro, a impressão, que é a parte mais cara. Pude investir no book trailer (que, aliás, ficou lindo; <a href="https://www.youtube.com/watch?v=Z84qIL6oth4">olha aqui</a>!) porque fiz pessoalmente a capa e as ilustrações de miolo. Não previ uma remuneração para mim, esperando ganhar posteriormente com os direitos autorais das vendas pela editora e das vendas diretas que faço até hoje. Sobraram uns 500 reais. </div>
<div>
<br /></div>
<div>
Assim, <b>a ideia do ProAC não é remunerar o autor pela escrita</b>, como era o caso da <a href="http://www.funarte.gov.br/edital/bolsa-fundacao-biblioteca-nacional-funarte-de-criacao-literaria/">Bolsa de Criação Literária da Funarte</a>, mas dar a ele os meios de publicar seu livro.</div>
<div>
<br />
A exigência do ProAc era que a tiragem mínima fosse de 1.500 exemplares e 300 destes fossem entregues à Secretaria da Cultura para distribuição em bibliotecas. Para uma editora pequena e uma autora iniciante, é uma tiragem grande. Por isso é que até hoje o livro não esgotou. :-)</div>
Mila Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/18001559583701444404noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4133242961201688601.post-70442429059579996612014-01-22T10:04:00.001-08:002014-01-22T10:04:47.651-08:00O que inspirou Reino das Névoas?Hoje a leitora Natália D. perguntou se busquei embasamento em contos de fadas medievais para escrever as histórias de <i>Reino das Névoas</i> ou se criei tudo desde o início.<br />
<br />
Resposta: Um pouco de cada. Em alguns textos você notará a influência clara de contos clássicos como <i>A Bela Adormecida</i>, <i>Branca de Neve</i>, <i>O Príncipe Sapo</i> etc. (Quem já terminou o livro sabe disso.)<br />
<br />
Mas <i>RdN</i> não propõe releituras. O resto são decisões de trama que fizeram sentido para mim dentro de cada premissa, afetadas, naturalmente, pela minha bagagem cultural. Li muitos contos de fadas, mitologia e ficção, então as influências são múltiplas.<br />
<br />
Por exemplo, <i>O Chifre Negro</i> baseia-se apenas na ideia medieval de que um unicórnio só poderia ser atraído e domado por uma moça pura de corpo e alma (unicórnios simbolizam inocência). Mas há quem diga que o conto lembra <i>A Bela e a Fera</i>, embora essa semelhança nunca tenha me ocorrido, já que o unicórnio nele é uma criatura perigosa e o objetivo da protagonista é salvar a vida do pai. Já a <i>A Outra Margem do Rio</i> baseia-se principalmente numa piada entre meu marido e eu (morávamos em bairros distantes um do outro em São Paulo, separados pelo Rio Tietê), mas também, mais vagamente, num conto de fadas húngaro no qual uma princesa tinha os olhos roubados.<br />
<br />
Tudo o que lemos de mais marcante vira referência. ;-)Mila Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/18001559583701444404noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4133242961201688601.post-75150599764327023292013-07-12T13:21:00.000-07:002013-07-12T13:23:23.826-07:00Nova resenha no blog Livros e Chocolate<span style="color: #660000;">Saiu hoje uma nova resenha de <i>Reino das Névoas</i> no <i><a href="http://www.livrosechocolate.com.br/2013/07/reino-das-nevoas-camila-fernandes.html">Livros e Chocolate</a></i>. A Flávia Penido, dona do blogue, me escreveu para avisar. Não bastasse a resenha superpositiva, ainda me fez ganhar o dia com estas palavras:</span><br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="background-color: white; color: #222222;"><span style="font-family: inherit;">Menina do céu! Se tivesse mais 1 milhão de páginas eu leria lindamente sem cansar. Amei muito!</span></span></blockquote>
<span style="color: #660000;">E agora eu sou um baiacu inchado de tanta vaidade. ^ ^</span><br />
<span style="color: #660000;"><br /></span>
<span style="color: #660000;">Confiram a resenha da Flávia abaixo. E não deixem de visitar também o <i><a href="http://www.livrosechocolate.com.br/">Livros e Chocolate</a></i> para ver outras ótimas dicas de livros!</span><br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;">"</span><b style="background-color: white; line-height: 18px;">Reino das Névoas</b><span style="background-color: white; line-height: 18px;">" reúne sete contos de fadas inspirados em alguns contos clássicos que muitos de nós conhecemos desde a infância. Talvez nem todos saibam que muitos desses contos foram modificados para uma maior aceitação pois, hoje em dia, quem iria imaginar, ou até mesmo ler a história para os filhos pequenos, que a Bela Adormecida, por exemplo, era violentada pelo príncipe enquanto dormia? Ou que a Branca de Neve não despertou de seu sono eterno com um beijo de amor verdadeiro? E imaginem a pobre Chapeuzinho Vermelho sendo devorada nua pelo Lobo Mau já que não existia nenhum caçador valente para salvá-la?</span> </span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;">Procurando resgatar um pouco da originalidade sem nenhuma censura destes contos, a autora nos apresenta histórias baseadas nesses contos e escritas para adultos, algumas com fins felizes e outras nem tanto, e vou ter que assumir que gostei muito mais das novas tramas criadas ou adaptadas por ela, pois colocam os personagens a prova de forma que seus destinos são traçados de acordo com atitudes que eles próprios tomam ou pelos caminhos que eles escolhem seguir. <b>Os textos são maravilhosamente bem escritos, e nos levam até o passado, em épocas medievais, tanto pelos termos usados, pelas descrições com detalhes da medida certa de cenários ou diálogos dos personagens. A narrativa é impecável, fluída, empolgante, viciante... É impossível não se apaixonar pela forma como a autora escreve, e nem terminar um conto sem querer começar a ler o outro imediatamente</b>.</span> </span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;">A capa é linda e o cuidado com a diagramação tornaram o livro uma relíquia pra mim. Cada conto trás uma ilustração feita pela própria autora, com traços perfeitos, cheios de expressão, sentimento e significado, que retrata um pouco do que a história apresenta.</span> </span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;"></span><span style="background-color: white; line-height: 18px;">"O Chifre Negro" expõe a pureza da donzela que, por se igualar a pureza do unicórnio, seria uma arma para que ela conseguisse se aproximar dele e conseguir o que buscava, no caso, o chifre para salvar seu pai da morte... Porém, o unicórnio não é tão bonzinho como se imagina... o final é inesperado e surpreendente!</span> </span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;"></span><span style="background-color: white; line-height: 18px;">Não consegui associar nenhum conto ao "O Lenhador e a Sombra", pois ele conta a história de um lenhador que salva uma gata prenhe e tem uma mensagem muito bacana sobre os valores e bondade.</span> </span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;"></span><span style="background-color: white; line-height: 18px;">"A Outra Margem do Rio" é um conto muito interessante que retrata um jovem que estava a caminho de outro reino para seu casamento arranjado, mas seu pai acaba morrendo e uma bruxa oferece ressuscitá-lo em troca dos olhos do rapaz.</span> </span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;"></span><span style="background-color: white; line-height: 18px;">"A Torre Onde Ela Dorme" foi inspirado em "A Bela Adormecida" e é o conto mais sombrio dessa coletânea.</span> </span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;"></span><span style="background-color: white; line-height: 18px;">"A Filha do Fidalgo" é o menor conto do livro e foi baseado em "O Príncipe Sapo". É trágico, porém cômico.</span> </span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;"></span><span style="background-color: white; line-height: 18px;">"A Espera" é um conto de amor bem poético de uma princesa a espera de seu príncipe.</span> </span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;"></span><span style="background-color: white; line-height: 18px;">"Reino das Névoas" é o último, maior e mais trabalhado conto do livro, e foi inspirado principalmente em "Branca de Neve e os Sete Anões", e a princesa, que está se descobrindo como mulher, foge depois de saber que a própria mãe, dissimulada, egoísta e extremamente fria, mandou matá-la, porém, mesmo encontrando refúgio, ela sabe que ninguém iria escondê-la sem ganhar nada em troca...</span> </span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;"></span><span style="background-color: white; line-height: 18px;">Histórias que envolvem e que despertam todas as emoções do leitor, com personagens marcantes e bem construídos, que trazem elementos conhecidos como cenários medievais e animais míticos ou encantados, e que nos leva a conhecer princesas que possuem personalidades fortes e que lutam por seus ideais, não importa os obstáculos, pois nem sempre a vida de um personagem de contos de fadas é perfeita, feita de sonhos, sorrisos e finais felizes...</span> </span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="background-color: white; font-family: inherit; line-height: 18px;">Reino das Névoas é um dos melhores (se não o melhor de todos), livros nacionais que já li até hoje.</span></blockquote>
Mila Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/18001559583701444404noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4133242961201688601.post-70901634928185463222012-10-21T08:43:00.003-07:002012-10-21T09:23:10.021-07:00Reino das Névoas no teatro!Nem sei como começar esta postagem, senão indo direto ao assunto. Dias atrás, tive uma das experiências mais emocionantes da minha vida como escritora quando recebi um e-mail que dizia:<br />
<br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">Tudo bem? Tu não me conheces. Meu nome é Maria Tereza Furtado. Sou coreógrafa e bailarina.</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">Faço parte de um grupo de teatro estudantil do <a href="http://www.isl-rs.com.br/">Instituto Santa Luzia</a>, um colégio localizado na zona sul de Porto Alegre (Av. Cavalhada, 3.999).</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">Sou coreógrafa desse grupo, chamado </span><strong style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><a href="http://almaop.blogspot.com.br/">ALMA Ópera Rock</a></strong><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">, e, este ano, faremos uma temporada no <a href="http://www.ccmq.com.br/espacos-da-casa/teatros/teatro-carlos-carvalho/">Teatro Carlos Carvalho, na Casa de Cultura Mario Quintana</a>, com a peça </span><strong style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><em>Reino das Névoas - Branca de Neve</em> <em>revisitada</em></strong><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"> (dias 24, 25 e 26/10, às 20h).</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">É uma adaptação do seu livro.</span></blockquote>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8zzMVY8tzylP6ktzm-MhELZbghbWYA6u76gvOK0K5XqYnv78UWg-5GQ_o4QyCWl6-oP5FM3dKqhsstzd52Np-c2cbia4IYqOaJ3BnAxmYce0Qyea4XlBJViRZ_X3l-r8wTFoGtK3At1g/s1600/ALMA01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="457" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8zzMVY8tzylP6ktzm-MhELZbghbWYA6u76gvOK0K5XqYnv78UWg-5GQ_o4QyCWl6-oP5FM3dKqhsstzd52Np-c2cbia4IYqOaJ3BnAxmYce0Qyea4XlBJViRZ_X3l-r8wTFoGtK3At1g/s640/ALMA01.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Imagem de divulgação do grupo ALMA Ópera Rock e sua peça. Clique para ampliar.</i></td></tr>
</tbody></table>
<br />
Conseguem imaginar o que senti nessa hora? Nem eu soube explicar a mim mesma. Eu me perguntei uma série de coisas. Uma peça de teatro estudantil? Por que <i>Reino das Névoas</i>? Por que meu livro?<br />
<br />
Maria Tereza disse ainda que o grupo era dirigido pelo professor Lucas de Melo Bonez e que a peça era um musical, no qual as coreografias foram todas feitas com músicas de <i>Imaginaerum</i>, do Nightwish. Álbum que eu nunca tinha ouvido e que combinou extremamente bem com a atmosfera da peça. E, para minha surpresa, com a do livro também.<br />
<br />
Quando cliquei nos vídeos que a coreógrafa me enviou, eu não sabia o que esperar. O resultado foi simplesmente... emocionante. Vocês talvez não se emocionem tanto - nem espero que o façam, afinal, a autora babona (rs!) do livro sou eu. O fato é que, estudantil ou não, esse grupo de teatro batalhou duramente para adaptar uma história que continha algumas cenas pesadas, falas difíceis e ambientação complicada. Eles conseguiram suprimir ou adaptar tudo o que não era essencial à compreensão da trama em uma produção minimalista que, nem por isso, deixou de encher meus olhos.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAc29zPxZXn0CAsGKJBVGhbUElh2gg2xZZbBg8LgCMoWACM_qorY4b8Df1whMrYYAifO33-YRP43ggsi6YQfPjeLD9sijkhrBCwoFN62p9uWcqR1jKDKxH0hu03bXFXV1_rAdVXRMv2fg/s1600/ALMA02.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAc29zPxZXn0CAsGKJBVGhbUElh2gg2xZZbBg8LgCMoWACM_qorY4b8Df1whMrYYAifO33-YRP43ggsi6YQfPjeLD9sijkhrBCwoFN62p9uWcqR1jKDKxH0hu03bXFXV1_rAdVXRMv2fg/s640/ALMA02.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Parte do elenco da peça. Quem leu o livro vai reconhecer boa parte dos personagens!</i></td></tr>
</tbody></table>
<br />
Reproduzo abaixo a mensagem que escrevi para ela e para toda a sua equipe depois de ver toda a peça pelo Youtube. Se não quiserem ler, vão direto para o final da postagem e vejam os vídeos!<br />
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<blockquote class="tr_bq">
<span lang="PT-BR" style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><span style="background-color: white; font-size: 10pt;">Boa tarde, Maria Tereza. Tudo bem?</span></span> </blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span lang="PT-BR" style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Esta mensagem vai ser um pouco longa, mas peço a você
e a todos os envolvidos no grupo ALMA que tenham um pouco de paciência e a
leiam até o fim, pois ela é para todos vocês.</span><span lang="PT-BR" style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"> </span><span lang="PT-BR" style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Confesso que demorei um pouco para lhe escrever porque
mal sabia o que dizer. Fiquei dividida entre surpresa, dúvida, emoção e mais
alguma coisa que ainda não sei identificar. Demorei alguns dias para carregar
os vídeos que recebi e assistir ao trabalho de vocês. E, no final, foi a emoção
que sobrepujou todas as outras sensações.</span> </blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span lang="PT-BR" style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Sim, estou emocionada. Tem lágrimas nos meus olhos
neste momento. Está difícil escrever, mas acho que este é o momento certo para
isso. Não só pela parte que me toca. É claro que, como autora do livro, estou
orgulhosa e encantada por ele ter chegado a você e a seus alunos e influenciado
sua arte. Mas também estou verdadeiramente comovida com o que vocês fizeram por
si sós. Pessoas jovens, cheias de sonho e paixão, treinando, dedicando-se,
mantendo o foco e realizando seus planos em uma fase da vida em que às vezes é
difícil até mesmo reconhecer QUAIS são, realmente, os nossos planos. Tive
orgulho de vocês por ter um dedo meu ajudando a narrar essa história. E tive
inveja, também, pela linda oportunidade que esses jovens estão tendo. Farei 32
anos no começo de 2013 e a vontade que senti foi de retroceder uns 15 anos da
minha vida e ser uma adolescente em Porto Alegre, atuando em um grupo chamado
ALMA Ópera Rock.</span><span lang="PT-BR" style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"> </span> </blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span lang="PT-BR" style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Fiquei particularmente tocada ao ver encenada uma de
minhas cenas preferidas do livro: o sonho/diálogo da Princesa Niev com o
Príncipe Lobo, seguido do conflito final com a Rainha Nuura. Imediatamente
cacei os vídeos restantes no Youtube e assisti à peça completa. Posso confessar
que fiquei inteirinha arrepiada ao ouvir os atores dizendo no palco frases que
eu mesma escrevi? Por isso mesmo lamento estar longe da sua cidade e sem
possibilidade, no momento, de ver tudo isso ao vivo. Fica aqui um pedido
sincero: avisem-me quando marcarem as próximas apresentações. Afinal, eu ainda
não conheço Porto Alegre e vocês me deram uma ótima razão para pegar um avião
qualquer dia desses.</span> </blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span lang="PT-BR" style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Não entendo o suficiente de artes cênicas para dar uma
opinião consistente sobre a coreografia e a atuação da turma. O que posso dizer
é que os estudantes parecem se dedicar ao que fazem com raro comprometimento.
Nem sou capaz de imaginar quanto tempo e energia vocês precisaram investir
nesse projeto para obter um resultado tão bonito. Mantenham esse foco em tudo o
que fizerem na vida: isso os levará ainda mais longe do que vocês imaginam
agora. Sonhem, sonhem muito. Mas nunca deixem de ter os pés bem firmes na terra
e o olhar cravado em seus objetivos. Tudo o que desejarem, desejem com paixão.
E realizem-no da mesma forma: apaixonadamente.</span> </blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span lang="PT-BR" style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Obrigada por terem feito um trabalho tão belo e tão
cuidadoso em cima de algo que, mesmo em meus sonhos mais ambiciosos, nunca
chegou a ser mais que meu livro. Graças a leitores como vocês, eu sei que tudo
é mais do que pode ser, se a gente se atrever a fazer.</span> </blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span lang="PT-BR" style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Um abraço apertado em cada um de vocês.</span> </blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span lang="PT-BR" style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: EN-US;">Camila Fernandes</span></blockquote>
<br />
Pouco depois, o próprio Lucas, professor de Língua Portuguesa e Literatura no Instituto Santa Luzia, me escreveu também para responder às perguntas que fiz a Maria Tereza (Teté) em outro e-mail. Foi ele quem me revelou que já tinha tentado entrar em contato comigo no começo deste ano, quando decidiu adaptar <i>Reino das Névoa</i>s, mas não obteve resposta minha. Talvez essa mensagem esteja perdida no meu e-mail antigo, pois nunca cheguei a recebê-la. Lucas também contou como o livro foi parar nas mãos dele:<br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">No início do ano,
fomos ao aniversário de um cantor amigo meu, com <i>pocket show</i> na praça de
alimentação do Bourbon Country, um hipermercado + shopping que também deve ter
por aí. A Teté, após vermos a apresentação, sugeriu que fôssemos à Livraria
Cultura respirar um pouco de Literatura. Eis que, vendo algumas prateleiras, a
Caroline, uma das integrantes do grupo, me mostrou teu livro. Ao ver a capa, o
primeiro encanto: aquela personagem de capa vermelha e olhos fechados com um
punhal me remeteu direto a um sonho - campo-base dos contos de fadas. Não
resisti à tentação: li o sumário, folheei-o e resolvi adquiri-lo. Foram-me necessárias
apenas duas noites para ler teu texto. Encantador! Delicioso, singelo e de
ótimas possibilidades de estudo para com meus alunos.</span></blockquote>
Foi também Lucas (que, assim como eu, gosta de <i>heavy metal</i>) quem escolheu a trilha sonora na qual Teté trabalhou com as coreografias. Eles e seus alunos já estão agora há oito meses com essa peça, com a qual receberam "magnífica recepção no Festival Internacional de Teatro Estudantil, promovido pela Prefeitura de Porto Alegre", nas palavras do professor.<br />
<br />
Nem Lucas, nem Tereza, nem Caroline (que faz a Velha), nem Natália (Princesa Niev), nem Bruna (Rainha Nuura), nem nenhum integrante do grupo jamais tinha ouvido falar de mim. Foi o<i> livro</i>, por si só, que os chamou. Arrã, tô inchada de orgulho. Se alguém me cutucar eu explodo. E vocês acham que é para menos?<br />
<br />
Assistam à peça no Youtube e tirem suas próprias conclusões! :-D<br />
<br />
Parte 1:<br />
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=O_zhvy7pPxY">http://www.youtube.com/watch?v=O_zhvy7pPxY</a><br />
<br />
Parte 2:<br />
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=vaRDkkq6q0M">http://www.youtube.com/watch?v=vaRDkkq6q0M</a><br />
<br />
Parte 3:<br />
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=rcg5rvNeZgI">http://www.youtube.com/watch?v=rcg5rvNeZgI</a><br />
<br />
Parte 4:<br />
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=eugzZ1hqDmA">http://www.youtube.com/watch?v=eugzZ1hqDmA</a><br />
<br />
Parte 5:<br />
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=WeM27blpDxs">http://www.youtube.com/watch?v=WeM27blpDxs</a><br />
<br />
Coreografia <i>Reino das Névoas</i> de Teté Furtado em destaque:<br />
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=aaNd0DRgWRk&feature=relmfu">http://www.youtube.com/watch?v=aaNd0DRgWRk&feature=relmfu</a><br />
<br />
Deixo também o link para o blog do grupo <a href="http://almaop.blogspot.com.br/">ALMA Ópera Rock</a> e peço aos amigos de lá e de cá que o prestigiem se puderem, assistindo às peças, seja pela web, seja ao vivo - o que será melhor ainda. E que eu espero fazer em breve! Cliquem e conheçam mais sobre esse pessoal determinado que me deu o prazer de ver num palco a mimada Niev, a sábia Omara, a terrível Nuura, a ambígua Velha, a perigosa Pietra (que no livro é um homem) o meu querido Príncipe Lobo, os anões, as feras... (insira aqui a minha cara com olhos transformados em corações).<br />
<br />
Para quem estiver em PoA na semana que vem, vou repetir: <b>a peça será apresentada nos dias 24, 25 e 26 de outubro no Teatro Carlos Carvalho, na Casa de Cultura Mario Quintana!</b><br />
<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: EN-US; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"></span><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTj3rQPSSA6i8aGUflRlOLyVrdXHnmIv28Qj3CcOiy4LSWj6-_X8fhaYV8QUNrWvZ_ulEam5sjkjL72C-2CJvIwyKk8c9mgNKIivDgdvhQg7elwjEcyd1I2JcgpXfkRgg0IbfJLijYniY/s1600/ALMA03.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTj3rQPSSA6i8aGUflRlOLyVrdXHnmIv28Qj3CcOiy4LSWj6-_X8fhaYV8QUNrWvZ_ulEam5sjkjL72C-2CJvIwyKk8c9mgNKIivDgdvhQg7elwjEcyd1I2JcgpXfkRgg0IbfJLijYniY/s640/ALMA03.jpg" width="458" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Vamos divulgar?</i></td></tr>
</tbody></table>
Um último pedido aos amigos: Lucas pediu minha ajuda para <b>viabilizar a vinda da peça a São Paulo</b>. Isso significa conseguir um teatro bom e de graça. Como não sou da área e pouco entendo do assunto, fica aqui a minha pergunta: rola, gente? Como faz?Camila Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/00281836503921538472noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-4133242961201688601.post-21498847154089493622012-02-13T10:11:00.000-08:002012-02-13T10:15:15.551-08:00Resenha de "Reino das Névoas" no Leitura Escrita, por Ana Carolina Silveira<span style="font-family: inherit;">A Ana Carolina Silveira escreveu em seu blog <a href="http://leituraescrita.com.br/2011/11/18/reino-das-nevoas-camila-fernandes/#comment-1661">Leitura Escrita</a> uma bela resenha de Reino das Névoas. Isso foi em novembro passado, mas só hoje entrei para atualizar este blog, que está parado há um bom tempo. Faz de conta que eu estava de férias (quem me dera). Então, reproduzo abaixo o texto de Ana:</span><br />
<br />
<blockquote class="tr_bq"><i><span style="font-family: inherit;">A proposta desse livro é trazer “contos de fadas para adultos”. Não que, em sua origem, contos de fada tenham sido histórias infantis, como a própria autora esclarece no prefácio: eram histórias moralizantes, que davam conselhos e a punição de maus atos, principalmente para adultos ou jovens em formação para a vida. As versões que conhecemos hoje, de certa forma pasteurizadas, surgiram a partir dos trabalhos dos Irmãos Grimm e de Charles Perrault, que recolheram essas histórias e as recontaram de maneira mais leve.</span> </i></blockquote><blockquote class="tr_bq"><i><span style="font-family: inherit;"></span><span style="font-family: inherit;">Mas o “para adultos” do título também pode ter uma outra interpretação. Não diz respeito apenas a cenas de sexo e violência mais cruas, mas ao que acho principal no fato de ser adulto: ter de fazer escolhas, nem todas fáceis, nem todas simples, e viver com o peso de suas consequências. Sabem aquela história batida dos grandes poderes e grandes responsabilidades? Mais ou menos isso.</span> </i></blockquote><blockquote class="tr_bq"><i><span style="font-family: inherit;"></span><span style="font-family: inherit;">Então, com essas prerrogativas em mente, <b>a autora traz uma coleção de contos de fadas modernizados – e deliciosos, li o livro em uma tarde, não conseguia largá-lo</b> – e adultos. Toda aquela atmosfera mágica de contos de fada está presente e a narrativa é simplesmente deliciosa de se acompanhar. A autora conseguiu pegar o espírito dos contos que lhe servem de inspiração, alguns deles até mesmo recontados aqui, como A Bela Adormecida, Chapeuzinho Vermelho, Branca de Neve e mesmo A Bela e a Fera (evidentemente não a versão da Disney). <b>Outro ponto forte são as ilustrações para cada conto</b>, também obra da autora (que é ilustradora), afinal um livro de contos de fadas não poderia passar sem ilustrações, poderia?</span></i><br />
<div style="background-color: white; color: #555555; line-height: 20px; padding-bottom: 15px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><span style="font-family: inherit;"><i><span id="more-1102"></span></i></span></div><i><span style="font-family: inherit;"><b>Três temas são de certa forma comum entre os contos: o primeiro deles, como adiantado anteriormente, o peso de fazer escolhas e sofrer suas consequências (que não necessariamente serão boas); o segundo é a da posição de ser mulher, de ter poder sobre o próprio corpo e sobre a vida, e sobre o quanto este poder pode ser retirado à força por uma sociedade que preza um conceito deturpado de masculinidade; e o terceiro a ecologia, principalmente no trato respeitoso com as outras espécies animais (reais ou fantásticas).</b></span> </i></blockquote><blockquote class="tr_bq"><i><span style="font-family: inherit;">Talvez o conto que sintetize melhor todo o espírito do livro seja a noveleta que o nomeia, Reino das Névoas: uma espécie de recontagem da história da Branca de Neve (mas com elementos de histórias como Chapeuzinho Vermelho e A Bela e a Fera, ou mesmo de outras histórias como a lenda da Condessa Bathory), onde <b>a mocinha tem de fazer a transição da inocência da infância para o pragmatismo adulto, mas isso não ocorrerá sem lágrimas, danos e violência </b>(física e sexual). É sobre as dores de tomar as rédeas da própria vida, o que nunca é simples, fácil e indolor, mas cujo resultado acaba por compensar as dores – só que todo dano poderá ser resgatado ao se descobrir a verdadeira natureza do eu?</span> </i></blockquote><blockquote class="tr_bq"><span style="font-family: inherit;"><i>Enfim, esse é um livro que só tem um defeito grave, gravíssimo, aliás: é muito curto!!!! As histórias acabam tão rápido quando uma tarde de verão envolta em brincadeiras e os contos são tão bem-trabalhados que não se quer parar de ler. Fica a sugestão para um volume 2.</i></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><b><i>Foi para mim uma das maiores surpresas do ano, recomendadíssimo a todos os leitores que querem reviver antigos contos, mas com novo olhar.</i></b></span></blockquote><div style="background-color: white; color: #555555; line-height: 20px; padding-bottom: 15px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><span style="font-family: inherit;"><span id="more-1102"></span></span></div>Obrigada, Ana, pelas belas palavras!Camila Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/00281836503921538472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4133242961201688601.post-36229116802917884232011-11-16T08:44:00.000-08:002012-02-13T10:15:58.317-08:00Resenha de "Reino das Névoas" no blogue A Estrada AnilA Rita Paschoalin passou o feriado chuvoso de 15 de novembro na companha de Reino das Névoas. Dessa união, nasceu uma belíssima resenha, que ela publicou em seu blogue A Estrada Anil e que eu reproduzo abaixo.<br />
<blockquote class="tr_bq"><div style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"> <i><span style="font-size: small;">E se Branca de Neve não dependesse do príncipe para escrever seu destino? E se, sozinha, voltasse ao reino onde antes vivera para consertar os desmandos da Rainha vaidosa? E se o Lobo fosse um forte aliado da Chapeuzinho Vermelho? E se o sapo-príncipe tivesse um destino bem menos atraente do que ser resgatado de sua triste sina por um beijo esperançoso? Em </span></i><span style="font-size: small;"><em><strong>Reino das Névoas</strong></em></span><i><span style="font-size: small;"> (Tarja Editorial), <b><a href="http://camilafernandes.wordpress.com/">Camila Fernandes</a> cria e reinventa contos de fada</b> e nos convida a conhecer outras faces possíveis de algumas histórias que nos acompanharam em nossa infância. O resultado são sete contos que, como adverte a autora, devem ser mantidos "fora do alcance das crianças". É que alguns dos elementos presentes nas histórias de Camila são um tanto mais, hum, picantes do que cavalos brancos e maçãs envenenadas. Cabeças rolam e nem toda princesa é uma fonte de inocência e "pureza". </span></i></div><i><span style="font-family: inherit; font-size: small;"> </span></i><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"> <i><span style="font-size: small;"><br />
</span></i></div><i><span style="font-family: inherit; font-size: small;"> </span></i><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"> <i><span style="font-size: small;">Eu gostaria de ser capaz de captar todas as referências presentes no livro. O mundo dos contos de fada é vasto e não faço ideia do quanto existe por aí que nunca li ou ouvi. Assim, não sei se todos os contos da Camila remetem a alguma história já existente. Talvez não, talvez alguns tenham sido inteiramente criados por ela. Reconheço alguns elementos, mas nem toda história me pareceu familiar. Isso nem de longe é um problema, no entanto. Lê-se com prazer cada um dos contos, conhecendo-se ou não as fontes que inspiraram a autora. </span></i></div><i><span style="font-family: inherit; font-size: small;"> </span></i><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"> <i><span style="font-size: small;"><br />
</span></i></div><i><span style="font-family: inherit; font-size: small;"> </span></i><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"> <i><span style="font-size: small;">São sete contos. Meu favorito é o último, que dá nome ao livro. É a história da Princesa Niev e do Príncipe Lobo, a mais longa da coletânea. Enquanto Branca de Neve dança com os passarinhos, a vida de Niev tem aventuras de gente grande. E como nenhum príncipe virá beijá-la, é melhor mesmo crescer e tomar as rédeas da história (nada contra os passarinhos da Branca de Neve, fofinhos). Também gostei do conto que abre o livro, "O Chifre Negro" - e agora também tenho um unicórnio pra chamar de meu, eu que vivo em meio aos unicórnios cor-de-rosa da minha filha. "A Torre Onde Ela Dorme" e "A Outra Margem do Rio" me fizeram lembrar de histórias que integravam um dos volumes das Obras Completas de Monteiro Lobato que tínhamos lá em casa, em minha infância. Além das histórias de Lobato, o livro trazia fábulas e alguns contos de fada. Lembro-me de algumas histórias bem trágicas, com princesas trancafiadas por anos e anos à espera de que algum guerreiro derrotasse um monstro terrível que as matinha prisioneiras; ou do pai que vendia as filhas para não morrer de fome. Os finais, contudo, eram invariavelmente mágicos e tudo consertavam. Já <b>nos textos da Camila, a felicidade pode cobrar preços altos e irremediáveis</b>, e não há garantias de que o sapo terá tempo de virar príncipe.</span></i></div><i><span style="font-family: inherit; font-size: small;"> </span></i><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"> <i><span style="font-size: small;"><br />
</span></i></div><i><span style="font-family: inherit; font-size: small;"> </span></i><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"> <i><span style="font-size: small;">O título deste post é o subtítulo do livro. Dá a exata dimensão do que se esperar da leitura: <b>uma viagem ao mundo do fantástico, da magia e dos amores improváveis. No caso de Reino das Névoas, com generosas pitadas de <em>girl power </em>- as princesas não estão para brincadeira</b>. Cada história do livro é precedida por uma ilustração feita pela própria autora, que também fez essa capa lindona aí. O livro é um mimo. Cheia de talentos essa Camila.</span> </i></div></blockquote><blockquote class="tr_bq"><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><b>Rita Paschoalin, escritora e tradutora</b> </div></blockquote><br />
Obrigada, Rita! Fico feliz que tenha gostado da leitura. ;-)Camila Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/00281836503921538472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4133242961201688601.post-37335421616142906512011-10-13T12:27:00.000-07:002014-01-22T10:10:48.114-08:00Do Poder de um Diário, Livros Bons e Cliente de TCCEsse é o título de um <a href="http://carolchiovatto.wordpress.com/2011/10/10/do-poder-de-um-diario-livros-bons-e-cliente-de-tcc/">excelente texto da Carol Chiovatto</a>, escritora e publicitária, no qual ela conta por que recomenda a todos os escritores que tenham um diário, comenta os últimos bons livros que leu e revela seu adorado cliente de TCC.<br />
<br />
Mas este blogue não é sobre <i>Reino das Névoas</i>? Onde é que entra o <i>Reino</i> nisso tudo? <br />
<br />
<i>Reino das Névoas</i> é um dos "Livros que são tão bons que me comovem" citados pela autora. Carol nunca escreveu uma resenha para <i>Reino</i> e, segundo ela mesma, nunca escreverá. Mas é sem dúvida a pessoa que mais tem promovido o livro, por uma razão muito simples e honesta: ela leu e gostou.<br />
<br />
Eis o que diz:<br />
<br />
<blockquote>
<i>Agora, não fiz resenha de um livro fantástico que li, mas não suporto a ideia de não falar dele a vocês. Não, continuarei não fazendo resenha do dito cujo, porque não me acho digna de falar dele. Não tenho capacidade de elogiar em palavras humanas </i>Reino das Névoas – Contos de Fadas para Adultos<i>, da autora Camila Fernandes. Estará no 4º Indicações Fantásticas, e provavelmente estarei mais enfática do que de costume nos vídeos (piadas preparadas, eu sei que sou uma caricatura em pessoa falando). Eu só posso dizer uma coisa: quem comprar esse livro não vai se arrepender. Não existe forma de não gostar dele. <b>Você pode não gostar de contos, de contos de fadas, de coisas que contenham conteúdo adulto, mas VAI GOSTAR desse livro. Simplesmente porque ele pega as suas expectativas e destrói todas elas com um sopro de fada</b>, que é escrita da autora. Nada é de mais e nem de menos. Não tem exagero nem eufemismo. É na medida certa.</i><br />
<br />
<i> </i><i>Se alguém me apontasse uma arma na cabeça e me dissesse para indicar um livro bom ou eu morreria, e eu não fizesse a menor ideia do que o cara gostasse de ler, ou SE ele gostasse de ler, indicaria </i>Reino das Névoas<i>. Simples assim.</i><br />
<br />
<i> </i><i>Estou exagerando? Compre o livro, leia e depois conversaremos.</i></blockquote>
<br />
<br />
Sem graça como estou no momento, eu só posso dizer: obrigada, mais uma vez!...<br />
<br />
... e aproveitem para ler o <a href="http://carolchiovatto.wordpress.com/2011/10/10/do-poder-de-um-diario-livros-bons-e-cliente-de-tcc/">texto completo de Carol Chiovatto</a> e anotar suas dicas de boas leituras. ;-)Camila Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/00281836503921538472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4133242961201688601.post-89176241257777101152011-10-13T08:50:00.000-07:002012-02-13T10:15:58.318-08:00Resenha de "Reino das Névoas" no Blog do Pai Nerd<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;">Saiu <a href="http://blogdopainerd.blogspot.com/2011/10/reino-das-nevoas-contos-de-fadas-para.html">uma resenha muito culta</a> no <a href="http://blogdopainerd.blogspot.com/">Blog do Pai Nerd</a>, escrita por Álvaro Domingues, que também é autor do livro <i><a href="http://www.balaoeditorial.com.br/sombras-e-sonhos.html">Sombras e Sonhos</a></i>. Confiram abaixo!</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"></div><span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"></span></span><br />
<blockquote><span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"> </span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><span class="Apple-style-span">O conceito de infância que temos hoje só surgiu após o estabelecimento da filosofia racionalista do século XVIII, tendo como marco a publicação de </span></i><span class="Apple-style-span">O Emílio</span><i><span class="Apple-style-span">, de Rosseau. Antes as crianças só se diferenciavam dos adultos pelo tamanho e pelas habilidades. As narrativas, sobretudo de tradição oral, não tinham contornos para evitar ou atenuar passagens mais cruentas e cruéis ou que envolvessem sexualidade. Os Irmãos Grimm, que compilaram a maioria dos contos que conhecemos hoje, fizeram o primeiro filtro, já dentro da visão de que existe uma infância a ser preservada e já influenciados pela ética protestante. Mesmo assim, alguns contos sofreram ainda mais uma censura deles mesmos na segunda edição. Ao longo do tempo, mais e mais atenuações foram introduzidas. </span></i></span></div><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: inherit;"> </span></i></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><br />
</i></span></div><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: inherit;"> </span></i></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><span class="Apple-style-span">Há ainda outros fatores históricos que mudaram a teor da narrativa. Por exemplo, na Idade Média, o perigo de um ataque de um lobo era real e palpável. Então, a Chapeuzinho Vermelho devia temer mesmo um lobo, sem nenhuma metáfora. Com o passar do tempo, o perigo é um adulto manipulador, que pode ser representado por um lobo.</span></i></span></div><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: inherit;"> </span></i></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><br />
</i></span></div><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: inherit;"> </span></i></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><span class="Apple-style-span">Contudo, <b>o livro não se propõe a um resgate histórico, nem a criticar a forma como os contos são contados hoje para as crianças, mas apenas a trazer de volta alguns elementos ausentes para criar uma atmosfera fantástica</b> que abranja alguns fatores importantes do universo adulto.</span></i></span></div><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: inherit;"> </span></i></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><br />
</i></span></div><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: inherit;"> </span></i></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><span class="Apple-style-span">Ao pegar o livro, a primeira coisa que se nota é que houve um cuidado na edição de emular um livro de contos de fadas de criança, desde a capa, passando pelas ilustrações internas, até o papel, a tipologia dos títulos e do texto e o uso de capitulares.</span></i></span></div><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: inherit;"> </span></i></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><br />
</i></span></div><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: inherit;"> </span></i></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><span class="Apple-style-span"><b>O texto também guarda similaridade com o dos Irmãos Grimm, mas de uma forma mais fluída e poética, mesmo nas passagens onde há crueldade explícita</b>, e evitando sempre que possível o uso de lugares comuns (inclusive o “Era uma vez...” e o “... viveram felizes para sempre”), o maniqueísmo clássico e o final fechado.</span></i></span></div><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: inherit;"> </span></i></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><br />
</i></span></div><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: inherit;"> </span></i></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b><span class="Apple-style-span">O Chifre Negro</span></b></i></span></div><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: inherit;"> </span></i></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><span class="Apple-style-span">Uma princesa necessita pegar um chifre de unicórnio para salvar o pai. Essa busca a leva a uma série de situações perigosas, cruéis e amargas que a marcam de forma indelével e a levam ao amadurecimento como pessoa. Angustiante.</span></i></span> </div><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: inherit;"></span></i></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><br />
</i></span></div><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: inherit;"> </span></i></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b><span class="Apple-style-span">O Lenhador e a Sombra</span></b></i></span></div><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: inherit;"> </span></i></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><span class="Apple-style-span">Esta talvez seja a mais poética das histórias. Um lenhador solitário encontra uma companhia na floresta. A questão do desapego norteia a condução do conto. Belíssimo.</span></i></span> </div><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: inherit;"></span></i></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><br />
</i></span></div><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: inherit;"> </span></i></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b><span class="Apple-style-span">A Outra Margem do Rio</span></b></i></span></div><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: inherit;"> </span></i></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><span class="Apple-style-span">Duas cidades separadas por um rio e pelo preconceito. Um pai leva o filho para um casamento com uma noiva do outro lado. Acontecimentos trágicos marcam essa travessia. A questão do que é realmente importante dá o tom.</span></i></span> </div><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: inherit;"></span></i></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><br />
</i></span></div><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: inherit;"> </span></i></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b><span class="Apple-style-span">A Torre onde ela dorme</span></b></i></span></div><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: inherit;"> </span></i></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><span class="Apple-style-span">Uma princesa tem muitas habilidades e só aceita casar-se com um homem que a vença. Pela inveja de seus pretendentes, é condenada a dormir um sono eterno até que seja vencida por um homem. Esta é uma versão da história da Bela Adormecida, com um príncipe nem um pouco nobre. Surpreendente.</span></i></span> </div><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: inherit;"></span></i></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><br />
</i></span></div><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: inherit;"> </span></i></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b><span class="Apple-style-span">A Filha do Fidalgo</span></b></i></span></div><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: inherit;"> </span></i></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><span class="Apple-style-span">Uma jovem fantasia que um sapo que encontra em seu quarto, se beijado, se tornaria um príncipe. Será?</span></i></span> </div><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: inherit;"></span></i></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><br />
</i></span></div><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: inherit;"> </span></i></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b><span class="Apple-style-span">A Espera</span></b></i></span></div><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: inherit;"> </span></i></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><span class="Apple-style-span">Uma metáfora para a busca da felicidade a partir de esperanças vãs, que na realidade nos impedem de ver que ela está ao alcance da mão.</span></i></span> </div><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: inherit;"></span></i></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><br />
</i></span></div><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: inherit;"> </span></i></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b><span class="Apple-style-span">Reino de Névoas</span></b></i></span></div><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: inherit;"></span></i><i><span class="Apple-style-span">Uma Branca de Neve não tão pura e não tão indefesa. O conto mais longo e também o mais movimentado. O melhor da coletânea.</span></i></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"></div><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: inherit;"></span></i></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><br />
</i></span></div><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: inherit;"> </span></i></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><b><i><span class="Apple-style-span">O resultado geral é muito bom, atingindo plenamente o os objetivos da autora.</span></i></b></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"></div><div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span"><b>Álvaro Domingues, escritor</b></span></span></div></blockquote><br />
<span style="font-size: small;">Obrigada pelas palavras, Álvaro! Fico feliz que você tenha gostado do livro! </span>Camila Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/00281836503921538472noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4133242961201688601.post-24337342853791927172011-10-05T17:15:00.000-07:002012-02-13T10:15:58.318-08:00Resenha da CAPA de "Reino das Névoas", por AlliahNão, você não leu errado. É uma resenha da capa. Ideia original da <a href="http://evisceradoanacronico.wordpress.com/">Alliah</a>, artista plástica e escritora, que inaugurou seu blogue, <i>Resenhando Capas</i>, com <a href="http://resenhandocapas.wordpress.com/2011/10/05/capa-de-reino-das-nevoas-por-mila-f/">uma resenha da capa de <i>Reino das Névoas</i></a>. E deixou esta sua quase-colega de profissão muito honrada e grata. Confiram!<br />
<br />
<div style="text-align: justify;"><blockquote><i>A primeira resenha do blog vai pra capa do livro de contos da Camila Fernandes, <strong>“Reino das Névoas”</strong>, lançado esse ano pela <strong>Tarja</strong>.</i> </blockquote></div><blockquote><i> </i><div style="text-align: justify;"><i>Escolhi essa obra para inaugurar o <em>Resenhando Capas</em> por dois motivos. Primeiro porque <b>eu amei o livro, tanto os contos, quanto as ilustrações.</b> E segundo porque a análise dessa capa vai ser um tanto quanto didática, o que vai servir como uma boa introdução pra quem caiu de pára-quedas nessa exposição virtual.</i></div><i> </i><div style="text-align: justify;"><i style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" class="aligncenter" height="500" src="http://resenhandocapas.files.wordpress.com/2011/10/capa.jpg?w=333&h=500" width="333" /></i></div><i> </i><i></i></blockquote><div style="text-align: justify;"><blockquote><i>Três elementos me chamaram a atenção nessa capa. E são eles as cores predominantes na arte. <b>Amarelo/dourado, vermelho e azul. E o que essa tríade grita aos meus olhos é “Realeza!”.</b> Nada mais adequado para um livro de contos de fada! A percepção das cores, apesar de baseada em sólidas teorias, é bastante subjetiva. Mas aqui a questão é histórica mesmo. Vamos por partes.</i> </blockquote></div><blockquote><i> </i><div style="text-align: justify;"><i>Primeiro o amarelo/dourado. Sempre que me deparo com tons dourados numa capa de livro, um alerta acende na minha cabeça. Eu já começo achando que vai dar errado, e na maioria das vezes dá realmente muito errado. Mas aqui funcionou, e bem. Por que o alerta e o que a Mila fez aqui que muito (wannabe) capista não faz? Ela soube dosar o tom e mimetizar o brilho. Como estamos tratando de cor pigmento, o dourado simplesmente não existe. Ele é alcançado com artifícios. A cor natural do metal ouro, que é amarelo e varia bastante, nos é característica devido ao brilho que a superfície metálica reflete. Como se aproximar disso num suporte de papel com pigmento? Sabendo usar técnicas de iluminação. Que, por sinal, foram as responsáveis por deixar a capa, em sua totalidade, tão atraente. O título amarelo tem um ótimo destaque do restante da capa. Muitas artes falham nesse aspecto, deixando as </i></div><i> </i><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://resenhandocapas.files.wordpress.com/2011/10/337px-lapis_lazuli_block1.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="" class="size-medium wp-image-19 " height="210" src="http://resenhandocapas.files.wordpress.com/2011/10/337px-lapis_lazuli_block1.jpg?w=118&h=210" title="337px-Lapis_lazuli_block" width="118" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Lápis-lazúli polido.</td></tr>
</tbody></table></blockquote><blockquote><div style="text-align: justify;"><i>bordas das letras se fundirem ao fundo ou escolhendo mal os tons das cores que se contrapõem. O amarelo/dourado escurecido que aparece nas laterais e emoldura a ilustração possui uma textura (que eu acredito que tenha sido feita com base na pena de pavão, mas me corrija se eu estiver errada, Mila) que me lembrou o Egito. Não, não tem Egito nenhum no livro. Talvez as linhas circulares, oculares… Olho de pavão. Olho de Hórus. Pode ser viagem minha. Mas é provável que essa sensação se explique pelo contraste com o azul. Vamos a ele.</i> </div></blockquote><blockquote><div style="text-align: justify;"><i> </i></div><div style="text-align: justify;"><i><b>A borboleta azul é meu elemento preferido de toda a capa.</b> É, pois é, esse pequeno detalhe. Não porque é o único elemento azul. Porque não é. Tem azul no fundo.</i></div><i> </i><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://resenhandocapas.files.wordpress.com/2011/10/415px-tuthankhamun_egyptian_museum1.jpg" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="" class="size-medium wp-image-20 " height="270" src="http://resenhandocapas.files.wordpress.com/2011/10/415px-tuthankhamun_egyptian_museum1.jpg?w=186&h=270" title="415px-Tuthankhamun_Egyptian_Museum" width="186" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Máscara mortuária de Tutankhamon. Quilos de ouro e lápis-lazúli.</i></td></tr>
</tbody></table><i> </i> </blockquote><blockquote><div style="text-align: justify;"><i>Tem azul na lâmina da adaga. Mas o azul forte e intenso da borboleta me lembrou do lápis-lazúli. (Aliás, no conto que dá nome ao livro a borboleta é descrita como possuindo uma coloração lápis-lazúli). O lápis-lazúli é uma pedra que foi largamente usada em joalherias e amuletos no Egito Antigo. E é dela que vem o pigmento azul ultramarino.</i></div><i> </i><div style="text-align: justify;"><i>O pigmento era o preferido de muitos artistas europeus dos séculos XIV, XV, XVI e XVII e era caríssimo. Tanto que era reservado para ser usado apenas em partes importantes de uma pintura. (Eu entendo bem esse tipo de frescurite com material. Alguns dias atrás eu precisava terminar um trabalho e tava quase vendendo a alma por um pastel seco amarelo cádmio. E olha que nem é caro. Mas depois da necessidade, juro que se alguém saísse gastando o material indiscriminadamente eu ia até chorar de desgosto). Bem, depois dessa época sofrida veio a indústria química, criou o ultramarino sintético com um tom mais vívido, e resolveu o problema.</i></div><i> </i><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://resenhandocapas.files.wordpress.com/2011/10/ultramarinepigment1.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="" class="size-thumbnail wp-image-26" height="112" src="http://resenhandocapas.files.wordpress.com/2011/10/ultramarinepigment1.jpg?w=150&h=112" title="Ultramarinepigment" width="150" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ultramarino sintético.</td></tr>
</tbody></table><i> </i><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://resenhandocapas.files.wordpress.com/2011/10/natural_ultramarine_pigment.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="" class="size-thumbnail wp-image-22" height="125" src="http://resenhandocapas.files.wordpress.com/2011/10/natural_ultramarine_pigment.jpg?w=150&h=125" title="Natural_ultramarine_pigment" width="150" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ultramarino natural.</td></tr>
</tbody></table><i> </i><i>Esse azul da borboleta é bastante ultramarino sintético. Lindíssimo, não?</i> </blockquote><blockquote><i> </i><div style="text-align: justify;"><i>O vermelho fechado da capa que cobre a cabeça e os ombros da personagem é puxado pro carmim, a cor dos rubis. Esse capuz é bastante delicado e funciona tanto para o rosto da personagem quanto para a roupa, muito bem colorida e sombreada.</i> </div></blockquote><blockquote><i> </i><i>Ouro, lápis-lazúli e rubi. Quer mais realeza que isso? <img alt=";)" class="wp-smiley" src="http://s1.wp.com/wp-includes/images/smilies/icon_wink.gif?m=1306158882g" /></i> </blockquote><blockquote><div style="text-align: justify;"><i></i> </div><i> </i><div style="text-align: justify;"><i>O fundo azul-acinzentado é um foco de luz que ilumina o que poderia ser uma textura de parede ou vários troncos de árvores. Ou o que mais você enxergar. A beleza do abstrato é como sua mente o percebe. Mas a chave do fundo é que ele destaca a personagem em primeiro plano. As proporções do corpo são bastante femininas, suaves e equilibradas. O jogo de sombras afinando a cintura e destacando os seios e o rosto deu profundidade à expressão na face da mulher. O contraponto dos gestos, de um lado braço relaxado e mão tensionada, do outro, braço tensionado e mão relaxada terminou de equilibrar o conjunto da capa. Esse tipo de equilíbrio gestual é típico da escultura, onde o peso da matéria-prima obriga o artista a criar uma pose obedecendo a seu centro de gravidade. (Ou compensando-o com adicionais. Sabe aquelas esculturas que tem um bloco de pedra perto dos pés da figura? Equilíbrio. Ou quando a figura está segurando uma lança ou qualquer objeto semelhante? Equilíbrio). As mesmas técnicas podem ser aplicadas para se fazer um bom desenho de figura humana. E em se tratando de equilíbrio, estamos falando também de design, o fator crucial para fazer com que uma capa de livro seja agradável aos nossos olhos.</i> </div></blockquote><blockquote><i> </i><div style="text-align: justify;"><i>Finalizando, posso acrescentar que <b>a arte possui um último e importante detalhe que eu já vi muita gente errando a mão. Nitidez, gente, nitidez! É disso que uma arte digital precisa pra não parecer um borrão mal photoshopado.</b></i><b> </b></div></blockquote><blockquote><i> </i><i>Mila, parabéns pela arte!</i> </blockquote><blockquote><i> </i><div style="text-align: justify;"><i>E então, delicinhas, o que acharam? Mais teoria? Menos teoria? Gritem aí nos comentários!</i></div></blockquote><br />
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<div style="text-align: justify;">Eu A-DO-REI. OK, sou suspeita. Ou pelo menos o meu lado narcisista o é. Mas o fato é que todos os meus lados adoraram. ^ ^</div><br />
<div style="text-align: justify;">Não conheço nenhum blog que resenhe capas. Este aqui promete ser uma sensação, ainda mais com os conhecimentos de arte da Alliah!</div><br />
<div style="text-align: justify;">Uma digressão sobre a arte egípcia: escavações arqueológicas já gastas pelo tempo enfluenciaram o visual dos filmes, que por sua vez influenciou a visão geral de que o Egito seria uma coisa cheia de construções cor de areia, grandiosas, sim, mas em tons de bege e amarelo, no máximo um douradinho, quase camufladas no deserto. Mas os egípcios gostavam mesmo é de cor! Os que podiam pagar por isso usavam maquiagem e tinham casas com interiores decorados em cores vivas, com paredes e colunas cheias de desenhos figurativos e estilizados. Como você muito bem apontou, usavam pigmentos de diversas origens, incluindo o lápis-lazuli. Pigmentos eram feitos de forma artesanal e, portanto, eram caros. Ter objetos de arte e trajes coloridos era sinônimo de alto poder aquisitivo, portanto, coisa da realeza mesmo! XD</div><br />
<div style="text-align: justify;">Agora uma digressãozinha sobre minha própria ilustração: raramente uso teorias artísticas para criar meus trabalhos, e também não as usei nesse. Muito embora eu saiba que deveria usá-las, sim. Talvez por não ter muito embasamento acadêmico e ser muito autodidata, na hora de criar eu acabo seguindo meu "feeling", confiando no meu olho. O que não significa que eu despreze as noções acadêmicas, nem que não estude tudo o que posso para fazer melhor o meu trabalho. :-)</div><br />
<div style="text-align: justify;">Quanto às bordas douradas, realmente lembram as penas de pavão, mas acho que é por causa das pinceladas circulares. Essas faixas foram extraídas da fotografia de uma tela pintada displicentemente com tinta de ouro. Daí o efeito realista. ;-)</div><br />
<div style="text-align: justify;">Eu tenho cá meus próprios segredos sobre a execução dessa capa, alguns deles cômicos... mas ainda não sei se convém revelá-los. </div>Camila Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/00281836503921538472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4133242961201688601.post-40444203748645000582011-10-03T06:10:00.000-07:002011-10-03T06:10:20.043-07:00"Reino das Névoas" no Papo Fantástica!Pessoal! Acaba de ir para o ar o episódio 4.4 do Papo Fantástica. Neste episódio do podcast, tive o provilégio de conversar com a equipe da <i><a href="http://www.revistafantastica.com.br/">Revista Fantástica</a></i> sobre meu livro e outros projetos dos quais faço parte. Clique <a href="http://www.revistafantastica.com.br/papo/papo.php?idPapo=38">aqui</a> e ouça!<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbJlpNDISYL8sz522JIS-m-ku5uLROnbRw4AP7J9UT0dEOk8aSj6n_n9RQ7CAF59-LXsNRlwqZCEexc5ltpa1EVBl_jes4kMwmaGwZ0KC1J7bUqmVeeFkMjLbH8hwuq10Ztq3OPCqfOhQ/s1600/Imagem-do-4-Papo-04.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="242" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbJlpNDISYL8sz522JIS-m-ku5uLROnbRw4AP7J9UT0dEOk8aSj6n_n9RQ7CAF59-LXsNRlwqZCEexc5ltpa1EVBl_jes4kMwmaGwZ0KC1J7bUqmVeeFkMjLbH8hwuq10Ztq3OPCqfOhQ/s640/Imagem-do-4-Papo-04.png" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Valeu, Fantástica! </div>Camila Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/00281836503921538472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4133242961201688601.post-57175612349062575622011-10-03T05:29:00.000-07:002012-02-13T10:15:58.319-08:00Resenha de "Reino das Névoas" da Carta CapitalSemana passada saiu uma fantástica <a href="http://www.cartacapital.com.br/cultura/contos-de-fadas-que-crescem-com-o-leitor">resenha do livro na <i>Carta Capital</i> online</a>, pelo editor, escritor e crítico literário Antonio Luiz Costa. Antonio teve o cuidado de analisar conto por conto e incluir no texto ilustrações que publiquei aqui no blog. Baita divulgação, hein? E uma surpresa, também! Confiram abaixo.<br />
<blockquote><h1 class="tit-arial padding-bottom" style="margin-top: 20px;">Contos de fadas que crescem com o leitor</h1><span class="post-author arial-normal " style="display: block;"><em>Antonio Luiz M. C. Costa</em></span> <span class="post-author arial-normal" style="display: block; padding: 40px 0 14px;"><em>27 de setembro de 2011 às 15:33h</em></span> <div class="wp-caption alignleft" id="attachment_48929" style="width: 310px;"><img alt="" class="size-medium wp-image-48929" height="211" src="http://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2011/09/livro1-300x211.jpg" title="Contos de fadas que crescem com o leitor" width="300" /><div class="wp-caption-text"><span style="font-size: x-small;">'Reino das Névoas', de Camila Fernandes, recria contos tradicionais e inventa outros, estendendo uma ponte entre o imaginário das ex-princesinhas e o mundo real</span></div><div class="wp-caption-text"><br />
</div></div>Era uma vez uma menina que gostava de contos de fadas, principalmente nas versões melosas da Disney. Mas e depois que cresceu e descobriu que a vida é mais complicada do que casar-se com um príncipe e ser feliz para sempre? Revisitar esse mundo de ilusões infantis com um olhar mais adulto, ou pelo menos mais irônico, tem sido um tema comum na literatura de fantasia moderna a ponto de já ter gerado produtos para a indústria cultural de massas, da série de animação <em>Shrek</em> a muitos dos sucessos de Neil Gaiman.<br />
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Numa perspectiva mais pessoal e artesanal, <em>Reino das Névoas</em> (Tarja Editorial, R$ 30, 168 págs.), de Camila Fernandes, antologia editada com apoio do Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo, recria contos tradicionais e inventa outros, estendendo uma ponte entre o imaginário das ex-princesinhas e o mundo real da existência adulta. Tem o subtítulo de “Contos de Fadas para Adultos”, mas o tom e o conteúdo falam mais a adolescentes e adultas jovens.<br />
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Há cenas de violência, inclusive sexual, mas tratadas com sensibilidade. A raiva, em muitos desses contos, anda de mãos dadas com o amor como um sentimento vital e adulto, indispensável ao equilíbrio emocional e à busca da justiça. É uma noção de sabedoria tradicional presente em muitos contos tradicionais e que convém relembrar ante a obsessão dos bem-intencionados por livros que promovem “sentimentos construtivos” e ignoram os conflitos reais, gerando de um lado uma literatura falsa e tediosa e de outro a contrapartida inevitável de estimular o gosto pela brutalidade e pelo cinismo “proibidos”, mas facilmente disponíveis no mercado.<br />
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Linguagem e a narrativa são simples e lineares, mas bem cuidadas, como nas versões clássicas das antologias dos irmãos Grimm, de Andersen e de Perrault. Como nas melhores edições destas, são acompanhadas de belas ilustrações, que como a capa, são trabalhos da própria autora.<br />
<div class="wp-caption alignright" id="attachment_48924" style="width: 210px;"><img alt="" class="size-medium wp-image-48924" height="300" src="http://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2011/09/livro2-200x300.jpg" title="livro2" width="200" /><div class="wp-caption-text"><span style="font-size: x-small;">Reprodução</span></div></div><br />
Eis uma amostra de prosa, do conto que dá o título à antologia, inspira-lhe a capa e é o último e mais extenso – na verdade, uma pequena novela:<br />
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<em>“A rainha Nuura não tinha paciência para longas narrativas. Encomendara para o quarto somente as três faixas que cobriam sua parede. Para ela, a história do reino resumia-se a isto: uma comitiva de cavaleiros chegando com suas espadas e com seus cavalos brancos; os reis antigos e fracos entregando a chave do reino às mãos de seu pai, estando ela, ainda princesa, altaneira ao lado dele; por fim, seu casamento com um príncipe e a coroação dos dois como senhores daquele país, agora pacificado. Os detalhes da história não interessavam nem a seus olhos nem a seu orgulho”.</em><br />
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É uma rainha para a qual só importa a façanha da conquista, o casamento e ser feliz para sempre. E apesar de ter ficado viúva, até certo ponto o consegue, arrebatando rapazes para serem seus escravos sexuais durante longos períodos e depois os sacrificando para prolongar indefinidamente sua juventude e seu domínio sobre o reino. Quem é ela? Claro que é a Rainha Má. Mas a filha não é bem a Branca de Neve: tem traços tanto dela quanto de Chapeuzinho Vermelho, mas consegue superar tanto a passividade da primeira quanto a ingenuidade da segunda ao encontrar o Caçador, os Anões, a Vovozinha e o Lobo, cujos papéis são completamente transfigurados.<br />
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É interessante que uma obra de teor semelhante publicada originalmente em 2004, a novela <em>O Caçador</em> (Editora Franco, 100 páginas, R$ 22), de Ana Lúcia Merege, também comece pelo conto da Branca de Neve e acabe no de Chapeuzinho Vermelho. Difícil dizer se há influência direta: embora ambas tratem do amadurecimento do protagonista, são completamente diferentes na estrutura e no tom. A novela de Merege é menos sombria e ousada, embora aborde e critique esses e outros contos tradicionais, de maneira mais explícita, mas menos radical, à medida que seu protagonista “Caçador” passa por vários deles. Uma hipótese igualmente provável e mais interessante é que as histórias da Branca e da Chapeuzinho tenham se tornado particularmente problemáticas para a identidade feminina, ou pelo menos da mulher brasileira moderna, de modo que seja especialmente necessário acertar as contas com elas.<br />
<div class="wp-caption alignleft" id="attachment_48925" style="width: 210px;"><img alt="" class="size-medium wp-image-48925" height="300" src="http://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2011/09/livro3-200x300.jpg" title="livro3" width="200" /><div class="wp-caption-text"><span style="font-size: x-small;">Reprodução</span></div></div><br />
A novela <em>“Reino das Névoas”</em> é a narrativa mais complexa desta antologia e que fala mais ao inconsciente coletivo, mas talvez não seja a mais perfeita do ponto de vista da estética e da proposta de dar um tratamento realista aos contos de fadas. Há pequenas incongruências que, a um olhar adulto, lhe prejudicam a verossimilhança. Por exemplo, a família de Nuura, ao tomar o reino, parece ter surgido do nada e o epílogo soa desajeitado, com uma resolução forçada até mesmo pelos padrões dos contos de fadas.<br />
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Mais simples e bem-sucedido nesses aspectos é o primeiro conto, <em>“O Chifre Negro”</em>. Inspirado em <em>“A Bela e a Fera”,</em> permanece, do ponto de vista da estrutura, mais próximo do conto original – embora o cenário seja diferente e, neste caso, a Fera não seja horrível e sim mais bela que a Bela. E o final, embora seja consistente com a lógica do conto da Madame Villeneuve, consegue surpreender mais que o da novela que subverte os contos de Grimm.<br />
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<em>“O Lenhador e a Sombra” </em>tem inspiração menos óbvia. Lembra um pouco alguns contos populares, mas é provável que tenha sido totalmente inventado. De qualquer maneira, é um bom pequeno conto sobre um lenhador que socorre uma gata e sobre amor e bondade que tem valor em si mesma e não precisa ser recompensada por tesouros ou dons mágicos.<br />
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<em>“A Outra Margem do Rio”</em> também parece ser uma história totalmente criada pela autora e é das melhores da coletânea. Um rapaz é conduzido por seu pai a um casamento arranjado com uma jovem de outro reino, mas no caminho um acidente mata o pai e uma bruxa oferece ressuscitá-lo em troca dos belos olhos do jovem. Os resultados são muito interessantes.<br />
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<em>“A Torre Onde Ela Dorme”</em> tem como inspiração <em>“A Bela Adormecida”</em>, mas não a versão dos irmãos Grimm, nem a de Perrault. Seu modelo é a hoje quase esquecida versão de Giambattista Basile, também conhecida como <em>“Sol, Lua e Tália”</em>, na qual a princesa é despertada com algo mais rude que um simples beijo. As consequências disto fazem deste o conto mais sinistro e raivoso da coletânea, mas também um dos mais poderosos.<br />
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<em>“A Filha do Fidalgo” </em>é um miniconto baseado em <em>“O Príncipe Sapo”,</em> mas menos interessante e inspirado que os demais da antologia. É uma piada irônica, que bem poderia ter sido usada como mais uma <em>gag</em> em <em>Shrek</em>.<br />
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<em>“A Espera”,</em> sobre uma princesa à espera de um príncipe que a ajude a abrir uma porta encantada, é um conto também breve. É menos prosaico, mas a história é um tanto esquemática e a lição de moral demasiado óbvia.<br />
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Também não está entre os melhores do livro: a autora se sai melhor quando se dá espaço suficiente para que a trama se desenvolva com sua própria lógica, dando espaço a interpretações mais abertas. Isso também permite que o peso dos pormenores incômodos da existência concreta, das contradições da realidade, das decisões e suas consequências sejam sentidos de maneira a dar a essas narrativas – quer os elementos mágicos estejam presentes, quer não – a verossimilhança necessária a uma leitura adulta, sem que percam o frescor e o encanto de um autêntico conto de fadas.<br />
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<b>Antonio Luiz M.C.Costa é editor de internacional de CartaCapital e também escreve sobre ciência e ficção científica. </b></blockquote><br />
Esta é provavelmente a mais acurada, ainda que não completamente, resenha que “Reino das Névoas” recebeu até agora. Agradeço de coração a Antonio Luiz por mais essa.<br />
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Alguns adendos: <br />
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<i>O Chifre Negro</i> não se inspira em <i>A Bela e a Fera</i>, mas foi de uma sutileza agradável apontar essa semelhança, que realmente existe.<br />
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Foi curioso citar o livro <i>O Caçador</i>, de <a href="http://estantemagica.blogspot.com/">Ana Lúcia Merege</a>, pois eu ainda não o li. No Fantasticon deste ano, Ana e eu trocamos nossas obras: ganhei seu <i>O Caçador</i> e ela ganhou meu <i>Reino das Névoas</i>.<br />
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Já o conto que dá título ao livro foi destrinchado com perfeição ao falar da Rainha, da Avó, do Lobo, do Caçador, dos Anões e da semelhança, proposital e evidente, com Chapeuzinho.<br />
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Fico feliz que tenha gostado do livro! :-)Camila Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/00281836503921538472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4133242961201688601.post-26378562010435593782011-09-26T17:49:00.000-07:002011-09-26T17:52:30.924-07:00A EsperaHoje quero dividir com vocês uma curiosidade sobre a ilustração do conto <i>A Espera</i>. Ei-la:<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0Srojz_W8AlDv9-wf6LlLDBK5wRNpdCx_uI5wCQTavPUa0P3XhFzdbcmxcKbD6aFXwtUUHtQIEDYNYWemcVdSAWny2E8F9JkCs8diicd4HDdzX94fniFwxerp3LclPIkuu-cD3TJ2RcA/s1600/a-espera+copy.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0Srojz_W8AlDv9-wf6LlLDBK5wRNpdCx_uI5wCQTavPUa0P3XhFzdbcmxcKbD6aFXwtUUHtQIEDYNYWemcVdSAWny2E8F9JkCs8diicd4HDdzX94fniFwxerp3LclPIkuu-cD3TJ2RcA/s1600/a-espera+copy.jpg" /></a></div><br />
<i>A Espera</i> é a história de uma garota que acreditou por muito tempo naquilo que muitas garotas, ainda hoje, são incentivadas a acreditar: que um dia um príncipe encantado apareceria para resgatá-la de seu mundinho sem graça. As coisas não saem exatamente como ela espera... Mas, até que qualquer coisa aconteça, ela pode apenas <i>esperar</i>. A imagem de uma moça de rosto oculto - sem identidade - fitando o vazio através da janela me pareceu ideal para ilustrar a ideia.<br />
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O cenário deveria ser antiquado, remetendo a eras passadas, fantásticas. E eu fui buscá-lo nas fotos de uma viagem de férias. :-)<br />
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Manjam os Museus Vaticanos? Para resumir, são um complexo de palacetes que abrigam peças artísticas e históricas de diversos períodos. Os próprios cômodos são, por si, obras de arte, já que datam da Renascença.<br />
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Passando por lá em 2009, eu parei num cantinho desses nos quais quase ninguém repara (porque logo a seguir vem a Capela Sistina) e tirei estas fotos:<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLZXtpgktTlKQvZW8EX42bKh6cgXI7ZevNPhPvDaOSlO46_Hz14rJ7mtl-4FX-m-_Dob2xC-bqUxU8WRyXekm1dLPz32F9u46HoU9_3FqIlaM4itv1Z2UvOpIWxIZ6AHTrwz9P6Ht7qEI/s1600/roma01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLZXtpgktTlKQvZW8EX42bKh6cgXI7ZevNPhPvDaOSlO46_Hz14rJ7mtl-4FX-m-_Dob2xC-bqUxU8WRyXekm1dLPz32F9u46HoU9_3FqIlaM4itv1Z2UvOpIWxIZ6AHTrwz9P6Ht7qEI/s1600/roma01.jpg" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrwqcBo536C8sSAALieJvwX3xyh4bWocpmK8D2BdBUSnMLg0XXdL1Hc66Z522svJfVa406OfKD2iXBhyphenhyphensten31-R1vU3B3ni6TMjcDTgJyGXh1JTP60QThQULRi39FBGTpftgQmL6RZaQ/s1600/roma02.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrwqcBo536C8sSAALieJvwX3xyh4bWocpmK8D2BdBUSnMLg0XXdL1Hc66Z522svJfVa406OfKD2iXBhyphenhyphensten31-R1vU3B3ni6TMjcDTgJyGXh1JTP60QThQULRi39FBGTpftgQmL6RZaQ/s1600/roma02.jpg" /></a></div><br />
Qualquer semelhança não é mera coincidência. Uns dias em Roma são combustível criativo para toda uma vida. Proporcionam referência históricas, artísticas e culturais que eu desejo a todo escritor. E a quem não escreve, também. ;-)<br />
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Para finalizar, um detalhe ampliado.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_v4ORVaqrL_th9YGdDqKTGJQoOpiAjwt79E3SZaxeejxg3Kkg381m4F4eOVCwDXM1MSlxCl3y1SgtDXhve7yBCgzTDAmsK2aQQKUBCccSj9vxqCQ5a-Qgjzftl3LzwFiYJSOzmMLIx-g/s1600/a-espera-detalhe.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_v4ORVaqrL_th9YGdDqKTGJQoOpiAjwt79E3SZaxeejxg3Kkg381m4F4eOVCwDXM1MSlxCl3y1SgtDXhve7yBCgzTDAmsK2aQQKUBCccSj9vxqCQ5a-Qgjzftl3LzwFiYJSOzmMLIx-g/s1600/a-espera-detalhe.jpg" /></a></div>Camila Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/00281836503921538472noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4133242961201688601.post-74076760440119566662011-09-26T15:57:00.000-07:002011-09-26T16:08:27.594-07:00Resenha de "Reino das Névoas" no blogue Respirando ArteNa semana passada saiu <a href="http://carolinamancini.blogspot.com/2011/09/reino-das-nevoas.html">mais uma resenha de <i>Reino das Névoas</i></a>, desta vez pela Carol Mancini, em seu blogue <a href="http://carolinamancini.blogspot.com/">Respirando Arte</a>. Carol produziu um ótimo texto, relatando suas impressões sobre cada conto. Confiram abaixo!<br />
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<blockquote><h3 class="post-title entry-title"><i>Reino das Névoas </i></h3><div class="post-header"></div><div align="RIGHT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><div style="text-align: left;"><i>Sete mundos onde a fantasia é tão bela quanto cruel.</i></div><i><br />
</i> </div><div align="RIGHT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><i><br />
Autora: Camila Fernandes</i></div><div align="RIGHT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><i>Capa e ilustrações: Mila F. (a autora)</i></div><div align="RIGHT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><i>Editores: Richard Diegues e Gianpaolo Celli</i></div><div align="RIGHT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><i>Revisão: Luciana Garcia</i></div><div align="RIGHT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><i>Projeto gráfico e Diagramação: Fabiana Fernandes</i></div><div align="RIGHT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><i>Tarja Editorial Ltda.</i></div><div align="RIGHT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"></div></blockquote><i> </i><br />
<div align="RIGHT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><blockquote><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><i>O livro da ilustradora, revisora e contista Camila Fernandes tem um diferencial antes de tudo, como projeto, pois a autora foi selecionada pelo ProAC (Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo) por um edital para a impressão de sua obra. Isso, é claro que já é por si só um mérito, porém, quando penso na capacidade que ela demostrou para conseguir o edital com um projeto que tinha como premissa – assim imagino – falar sobre a verdade por trás dos contos de fadas, ou contos de fadas para adultos, é que também reflito sobre como ela deve ter se esforçado desde então. Mas o que vale constatar é que <b>o prêmio foi muito bem colocado e o livro que se formou é realmente muito bom</b>.</i> </div></blockquote><blockquote><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><i>Falando sobre a estética do livro, <b>desde a belíssima capa, o cuidado e o trato já se mostram aparentes e de muito bom gosto</b>. E por dentro você também encontra sete ilustrações que correspondem respectivamente a sete contos de sua autoria. Os desenhos em tons de cinza são delicados, mas de traços firmes e cheios de detalhes, o que me levou até as pinturas em vitrais, tapeçarias, livros antigos e qualquer outra sensação que já contribui para a atmosfera das histórias, um tempo distante e imemorial. Não são desenhos realistas, pelo contrário, estão estilizados bem ao ponto da fantasia.</i> </div></blockquote><blockquote><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><i>O livro também é impresso em um papel (aparentemente reciclado) de tonalidade amarelada e muito resistente. Dá gosto tocar as páginas enquanto se imerge nas palavras.</i> </div></blockquote><blockquote><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><i>Não há erros de revisão. O que também está de parabéns.</i> </div></blockquote><blockquote><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><i>O livro saiu pela Tarja Editorial, que fez um trabalho excelente na diagramação, que ficou simples, funcional e muito bela.</i> </div></blockquote><blockquote><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><i>Agora, vamos às escritas.</i> </div></blockquote><blockquote><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><b><i>O livro traz na sinopse contos de fadas cheios de verdades, crueldade, violência e erotismo, características que foram banidas das histórias originalmente. E a Camila cumpriu o que prometeu de um modo diferente do que eu esperei.</i></b> </div></blockquote><blockquote><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><i>Por essa chamada eu imaginava algo que caminhasse muito mais pelo soturno do que pela fantasia, e eu me enganei, e gostei disso ter acontecido. A autora conseguiu trazer à tona tudo que prometera sem romper com a beleza, a magia etérea na qual os contos de fadas se tornaram para nós hoje como referência.</i> </div></blockquote><blockquote><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><i>Pensando então sobre eles, acredito haver três tipos de contos – a meu ver – pelos quais ela nos guia.</i> </div></blockquote><blockquote><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><i>Há histórias em que tudo é totalmente novo. Os personagens são erguidos de fontes antes nunca provadas, e as tramas ricas em detalhes e surpresas nos levam a situações sublimes e vencedoras, mesmo que através de caminhos sombrios e truculentos, e seriam <b>“O Chifre Negro”</b>, <b>“A Outra Margem do Rio”</b> e <b>“A Espera”</b>.</i> </div></blockquote><blockquote><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><i> Um outro tipo de conto é uma espécie de cotidiano fantástico, onde tudo é simples, quieto, bastante melancólico e quase irônico; aqui eu encaixaria <b>“O Lenhador e a Sombra”</b> e <b>“A filha do Fidalgo”</b>, que são histórias tocantes mais pela sua parcela de realidado do que pelo encantamento ou sobrenatural.</i> </div></blockquote><blockquote><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><i> E <b>“A Torre Onde Ela Dorme”</b> e <b>“Reino das Névoas”</b> são incríveis, mas me deixaram em cima do muro. Gostei muito de ambos, são minuciosamente trabalhados e é impossível parar a leitura no meio, os personagens são fortes e têm as tramas mais complexas, porém, seja inspiração ou releitura, é fortemente presente a semelhança com contos de fadas conhecidos. (Isso também há em <b>“A Filha do Fidalgo”</b>, mas ainda assim este se encaixa melhor na separação anterior.) Talvez eu realmente não imaginasse que esse tipo de características fosse surgir no livro. O que acontece então é que lindas histórias não ficam presas em si, elas acabam nos levando para essas outras histórias conhecidas, o que é tanto repertório quando certa fuga do enredo principal.</i> </div></blockquote><blockquote><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><b><i>Os sete contos, como dito, são de grande beleza. Camila Fernandes soube traçar as palavras sem adornos, sem grandes metáforas ou qualquer complicação, dando a sensação de que se pode contar e ouvi-las sem problema, pois elas envolvem pela emoção e pelas paixões.</i></b> </div></blockquote><blockquote><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><i>A criatividade da autora também se revela nos males que ela trouxe para as histórias, desde estupro até melancolia e uma necromante. Porém, as cenas mais densas são rápidas, são flashes que nos assustam e só nos damos conta depois de terem partido. Outras vezes, são tão cruas e verdadeiras que acabam chocando ainda mais. São fantasias muito reais.</i> </div></blockquote><blockquote><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><i>É um livro de contos que cumpre sua principal função, quando acaba uma história lhe dá vontade de correr para a próxima e devorá-la. A leitura flui muito bem, é cheia de diferentes sensações e prazeres.</i> </div></blockquote><blockquote><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><b><i>Não é o tipo de livro de terror, de grande batalhas ou carnificina. É um livro de fantasias palpáveis e que uma mente aberta facilmente assimila e mergulha. Leia. Recomendo.</i></b> </div></blockquote><blockquote><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><i>“Reino das Névoas – contos de fadas para adultos” não é só um lindo livro com uma linda capa (a mais bela que vi até hoje dentro e fora da literatura nacional) como é uma ótima leitura. Um livro de conteúdo que presa o cuidado com as palavras, a sinceridade e um entretenimento que nos ensina e nos faz pensar com sutileza acerca de vida e com seriedade a respeito dos mitos nos quais muitas vezes nos baseamos para formar nossas personalidades, mesmo sem querer. </i></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><i><br />
</i> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><i>Mais sobre o livro, ilustrações e outras resenhas você encontra aqui:</i></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><i><a href="http://reinodasnevoas.blogspot.com/">reinodasnevoas.blogspot.com</a></i></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><i><br />
</i> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><i>Onde comprar você também encontra no blog acima, mas eu sugiro na <a href="http://estronho.com.br/loja/index.php?page=shop.product_details&flypage=flypage_new.tpl&product_id=166&category_id=11&option=com_virtuemart&Itemid=1">Loja da Estronho</a><b>, </b><span style="font-weight: normal;">onde você ganha dois marcadores de página.</span></i></div></blockquote> <br />
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<div style="text-align: justify;">Fiquei muito feliz com as palavras da Carol Mancini sobre o livro. E olhem que eu nem esperava mais essa ótima resenha. Só posso agradecer!</div></div>Camila Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/00281836503921538472noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4133242961201688601.post-45880708121835408702011-09-20T20:00:00.000-07:002011-09-20T20:00:54.803-07:00Passagem iniciática<span style="font-family: Calibri;"><em> <blockquote><span style="font-family: Calibri;"><em>O conto de fadas é uma alegoria da passagem iniciática na qual o herói representa a alma perdida no mundo a lutar contra os poderes inferiores de sua própria natureza e contra os enigmas que a vida lhe propõe, até encontrar, após aceitar e realizar as provas, os meios para a sua própria redenção.<span></span></em></span><br />
</blockquote></em></span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Calibri;">Noemí Paz, <em>Mitos e ritos de iniciação nos contos de fadas</em></span></b>Camila Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/00281836503921538472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4133242961201688601.post-30747451989546905662011-09-15T15:43:00.000-07:002011-09-15T15:48:44.452-07:00O Chifre Negro<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">Algumas curiosidades sobre a ilustração que abre o <i>O Chifre Negro</i> em <i>Reino das Névoas</i>. :-)</span><br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhx9nR0qHbxF9vEtrZ69YUxdM8SyV9-u2e-Ww9D2ruVslv1D13gaE6NXsP-R3zmKdeBBZUXnj2iRd7MaecUrREwztKKsDS3uV6z5j3mq0DeMx95WQCDIx8Ql9Fdu_j9-ArpIqt3LQuLSGI/s1600/base00.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhx9nR0qHbxF9vEtrZ69YUxdM8SyV9-u2e-Ww9D2ruVslv1D13gaE6NXsP-R3zmKdeBBZUXnj2iRd7MaecUrREwztKKsDS3uV6z5j3mq0DeMx95WQCDIx8Ql9Fdu_j9-ArpIqt3LQuLSGI/s1600/base00.jpg" /></a></div><br />
<span style="font-size: small;">Eu precisava de uma imagem que denotasse uma forte e potencialmente perigosa ligação entre donzela & unicórnio. A garota deveria parecer leve e graciosa, enquanto o animal deveria exibir uma beleza brutal. Quando escrevi o conto, já havia decidido que não queria a aparência clássica imaginada para os unicórnios. O dono do chifre negro não deveria se parecer com uma gazela, mas com <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Shire_horse">um cavalo da raça shire</a>: alto, robusto, com longos pelos nas patas e o típico crânio curvado.</span><br />
<br />
</div><div style="text-align: left;"></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><span style="font-size: small;"><a href="http://sallygardens.typepad.com/photos/uncategorized/2008/10/27/irish_gypsy_cob.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" src="http://sallygardens.typepad.com/photos/uncategorized/2008/10/27/irish_gypsy_cob.jpg" width="516" /></a></span></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: small;">Publicada originalmente <a href="http://sallygardens.typepad.com/sallygardens/2008/10/working-horse-a.html">aqui</a>.</span></td></tr>
</tbody></table><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><span style="font-size: small;"><a href="http://www.learn-about-horses.com/image-files/running-gypsy-vanner-stallion.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="448" src="http://www.learn-about-horses.com/image-files/running-gypsy-vanner-stallion.jpg" width="640" /></a></span></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: small;">Publicada originalmente <a href="http://www.learn-about-horses.com/cold-blood-horses.html">aqui</a>.</span></td></tr>
</tbody></table></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">Bicho bonito, não? Os shires são uma raça muito antiga de cavalos de tração, resistentes, tranquilos e dóceis. Mas, com esse tamanho, eu não gostaria de ver um deles irritado.</span><br />
<br />
</div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><span style="font-size: small;"><a href="http://www.wereyouwondering.com/wp-content/uploads/2008/06/shirehorse.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="425" src="http://www.wereyouwondering.com/wp-content/uploads/2008/06/shirehorse.jpg" width="640" /></a></span></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: small;">Originalmente publicada <a href="http://www.wereyouwondering.com/">aqui</a>.</span></td></tr>
</tbody></table><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><span style="font-size: small;"><a href="http://fc06.deviantart.net/fs41/i/2009/166/9/a/Noddy_the_Shire_horse_by_Ink_DreamsMMIX.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="480" src="http://fc06.deviantart.net/fs41/i/2009/166/9/a/Noddy_the_Shire_horse_by_Ink_DreamsMMIX.jpg" width="640" /></a></span></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: small;">Originalmente publicada <a href="http://ink-dreamsmmix.deviantart.com/art/Noddy-the-Shire-horse-110492800">aqui</a>.</span></td></tr>
</tbody></table><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">Vale lembrar 1: As fotos <b>não</b> são minhas. Para ver seus sites de origem, clique nas legendas abaixo de cada uma.</span></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">Vale lembrar 2: Donzela graciosa, unicórnio brutamontes... O conceito-chave de <b><i>O Chifre Negro</i></b> é que as aparências enganam. Se você já leu o conto, sabe do que estou falando. Se não... bem, leia. ;-)</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;">E vamos ao passo a passo da ilustração, feita inteiramente em mídia digital. </span><br />
<span style="font-size: small;"><br />
</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcsUPxqwtI6s7qvA3cxsOyqJYsoCvw2BQDBgeRpjR2o_rKnvy6UdPVzFNy-Eaq8c7g6iJZh4_2cZ_YyTZM6yil_32rxpQeHBEY0SAeMSdP2Cscbayq5hWAq2l2CEABZzQ9fohTUEcz4_Y/s1600/base01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcsUPxqwtI6s7qvA3cxsOyqJYsoCvw2BQDBgeRpjR2o_rKnvy6UdPVzFNy-Eaq8c7g6iJZh4_2cZ_YyTZM6yil_32rxpQeHBEY0SAeMSdP2Cscbayq5hWAq2l2CEABZzQ9fohTUEcz4_Y/s1600/base01.jpg" /></a></div><span style="font-size: small;"><br />
</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuWLqoQq_a6rPB3KhkNzQTgHpG_ZAvYcp13qNQp46cy1th58ID6wBwuBqVBSVSHZxrm-7-HQV0c3wuBAIqda5QyZf7Biny8aEWdawixW0xqGQOuORq8xCHz0Jt6K_WjVPiu3qVtse9uwk/s1600/base02.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuWLqoQq_a6rPB3KhkNzQTgHpG_ZAvYcp13qNQp46cy1th58ID6wBwuBqVBSVSHZxrm-7-HQV0c3wuBAIqda5QyZf7Biny8aEWdawixW0xqGQOuORq8xCHz0Jt6K_WjVPiu3qVtse9uwk/s1600/base02.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXcqmfH2DKxT3A9Z1HJPetrimImzKO5sHLW2Y7jlI9hB8zM6pjJTgQ-hKqEqnMo7ngz1Q5GlExJE0E8iG2c4byvcNEcObfo2DSOyRdvq168l0ymFMVB1D1la3KFHlSZMqH8Yvc1JkLtyc/s1600/base03.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="375" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXcqmfH2DKxT3A9Z1HJPetrimImzKO5sHLW2Y7jlI9hB8zM6pjJTgQ-hKqEqnMo7ngz1Q5GlExJE0E8iG2c4byvcNEcObfo2DSOyRdvq168l0ymFMVB1D1la3KFHlSZMqH8Yvc1JkLtyc/s640/base03.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEU0ns5k4ZeHr69SR_I2wTVS2R3T1zb8YEvx29Nq4HJaa7hQIAb2qJxnBiS_TjE1E3_TPSvJzBLqaqumMvxvVWf8uDLZnsCLfSiFKq23IvLODjSHNfJCU2AiRS52kZXqhRn3OiUjRm0L4/s1600/base04.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEU0ns5k4ZeHr69SR_I2wTVS2R3T1zb8YEvx29Nq4HJaa7hQIAb2qJxnBiS_TjE1E3_TPSvJzBLqaqumMvxvVWf8uDLZnsCLfSiFKq23IvLODjSHNfJCU2AiRS52kZXqhRn3OiUjRm0L4/s1600/base04.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkn5ZCGmwZeXXf6dKwe2fzOLH67L4XsriYhanmqp6EGU3KJANyXAMPu46_VSKcWCRYe6O71rU5ILzAqF6DYQTrttiaSS8MlBOQNMiejQvSzfxGpwrTxL0NsjHJLcitRzmKYHrjvRg6ujc/s1600/base05.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkn5ZCGmwZeXXf6dKwe2fzOLH67L4XsriYhanmqp6EGU3KJANyXAMPu46_VSKcWCRYe6O71rU5ILzAqF6DYQTrttiaSS8MlBOQNMiejQvSzfxGpwrTxL0NsjHJLcitRzmKYHrjvRg6ujc/s1600/base05.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijJJPvaUdQpBwLAuEmIj-4vKdyC9ko7qQzmLqxeiAbFqpHl9Bbl0n1tk-DmpJdSWhWYWvDJafa4jnIlosRk2caOSDpAiWxC7aWCV9upFY2BzzJdz1OJ91BcNMQtyfGf7ms9Q-KWTQjvio/s1600/base06.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijJJPvaUdQpBwLAuEmIj-4vKdyC9ko7qQzmLqxeiAbFqpHl9Bbl0n1tk-DmpJdSWhWYWvDJafa4jnIlosRk2caOSDpAiWxC7aWCV9upFY2BzzJdz1OJ91BcNMQtyfGf7ms9Q-KWTQjvio/s640/base06.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTSqxY5jeEEnA-6BWLWsZde4EhL53Vpbxh0CAh4LxPi7O3ScACxHsJ6owhHVq2ut1AVS6l-CI-xYwMOh7uHMnALbJEUjzHn-Dh_oPlH3c0KBCFih3G1AeAwlyX02TOaa7nqeRFb4cb1Fc/s1600/base07.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="368" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTSqxY5jeEEnA-6BWLWsZde4EhL53Vpbxh0CAh4LxPi7O3ScACxHsJ6owhHVq2ut1AVS6l-CI-xYwMOh7uHMnALbJEUjzHn-Dh_oPlH3c0KBCFih3G1AeAwlyX02TOaa7nqeRFb4cb1Fc/s640/base07.jpg" width="640" /></a></div><span style="font-size: small;"><br />
</span><br />
<span style="font-size: small;">Aí alguém pode perguntar: mas se a ilustração ocupa apenas uma página do livro, por que fazê-la tão larga, como se fosse ocupar duas? Bom, eu me empolguei na execução. Mas também tenho vontade de usá-la impressa, colorida, em tamanho grande, e fazer uma exposição com outras artes minhas.</span><br />
<span style="font-size: small;"><br />
</span><br />
<span style="font-size: small;">O que vocês acham?</span></div>Camila Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/00281836503921538472noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4133242961201688601.post-38644477758569447312011-09-12T14:12:00.000-07:002011-09-12T14:12:06.000-07:00As twittadas de Carol Chiovatto<b>"Senti orgulho de ser brazuca só lendo seu livro."</b><br />
<br />
A escritora e publicitária <a href="https://twitter.com/#%21/CarolChiovatto">Carol Chiovatto</a> escreveu sobre <i>Reino das Névoas</i> diretamente no Twitter, deixando uma autora muito feliz e lisonjeada:<br />
<br />
<br />
<blockquote> <i>Oieeee! Estou tão feliz, pq estou terminando de ler um livro sensacional. Agora preciso falar: CARALHO, <a class=" twitter-atreply pretty-link" data-screen-name="milaf" href="https://twitter.com/#%21/milaf" rel="nofollow"><b>@milaf</b></a>, senti orgulho de ser brazuca!</i><br />
<br />
<i>Sim, <a class=" twitter-atreply pretty-link" data-screen-name="milaf" href="https://twitter.com/#%21/milaf" rel="nofollow"><b>@</b><b>milaf</b></a>, senti orgulho de ser brazuca só lendo seu livro. Vc manda muito bem. Fiquei encantada com sua habilidade pra contar histórias.</i><br />
<br />
<i>... se chama O Reino das Névoas, da autora <a class=" twitter-atreply pretty-link" data-screen-name="milaf" href="https://twitter.com/#%21/milaf" rel="nofollow"><b>@milaf</b></a>. Eu te empresto. É um livro de contos de fadas - só q PARA ADULTOS. Awesome.</i><br />
<i> </i><br />
<i>Gente, ñ posso escrever uma resenha do livro O Reino das Névoas, da <a class=" twitter-atreply pretty-link" data-screen-name="milaf" href="https://twitter.com/#%21/milaf" rel="nofollow"><b>@</b><b>milaf</b></a>. Sinto q ñ tenho capacidade de transcrever em palavras o qnt é bom.</i><br />
<br />
<i>Vou almoçar antes de continuar babando ovo no livro da <a class=" twitter-atreply pretty-link" data-screen-name="milaf" href="https://twitter.com/#%21/milaf" rel="nofollow">@<b>milaf</b></a>, o Reino das Névoas, e no trabalho sensacional (de novo), da <a class=" twitter-atreply pretty-link" data-screen-name="tarjaeditorial" href="https://twitter.com/#%21/tarjaeditorial" rel="nofollow">@<b>tarjaeditorial</b></a>.</i></blockquote><br />
Valeu, Carol!Camila Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/00281836503921538472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4133242961201688601.post-28768839059016675442011-09-12T13:52:00.000-07:002012-02-13T10:15:58.319-08:00Resenha de "Reino das Névoas", por Paulo Fodra, no SkoobSemana passada foi <b>mesmo</b> a semana das resenhas! Na sexta-feira o multitarefas <a href="http://paulofodra.com.br/">Paulo Fodra</a> - arquiteto, designer, ilustrador, escritor e músico - escreveu <a href="http://www.skoob.com.br/livro/resenhas/183201">sobre meu livro no Skoob</a>:<br />
<br />
<blockquote><i><strong>Um reino inexplorado...</strong><br />
Nunca nos livramos dos contos de fada. Mesmo depois de passada a infância, essas histórias persistem atuando em nosso subconsciente, mesmo que seja apenas na eterna busca pelo final feliz. <br />
<br />
Ao propor criar contos de fadas para adultos, Camila Fernandes abraça o lado sombrio de ser 'gente grande', reconectando-o com o ideário idílico-fantástico há muito deturpado pela mídia. É esse sentimento que Camila extravasa através da fala cortante de uma velha bruxa da floresta: "No final do outono, o vento corre depressa e conta muitas histórias. Todas verdadeiras. Nem todas bonitas."</i> <i><br />
<br />
Confesso que comprei o livro por indicação e, por isso, iniciei a leitura com altas expectativas. O que encontrei foi uma prosa limpa, muito bem ambientada e estruturada. Uma delícia de ler. A força das ideias representadas pode chocar incautos e ingênuos, mas esse parece ser exatamente o propósito do livro. Recomendo.</i> </blockquote><br />
Obrigada, Paulo!!!Camila Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/00281836503921538472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4133242961201688601.post-9179895254840753422011-09-07T08:07:00.000-07:002012-02-13T10:15:58.319-08:00Resenha de "Reino das Névoas" por Fabio Luiz SilvaOntem à noite bateu no meu e-mail uma agradável surpresa: mais uma resenha, desta vez de autoria do ilustrador Fabio Luiz Silva, que devorou o livro, aparentemente, em uma noite. A resenha é um verdadeiro poema em prosa. E, como não foi publicada ainda em nenhum blogue, publico-a eu mesma aqui!<br />
<br />
<blockquote><i>Engraçado voltar a ler sobre contos de fadas.</i><br />
<div><i><br />
</i></div><div><i>Engraçado porque leio desde que me conheço por gente através do meu pai, que sempre me dava algo novo para conhecer.</i></div><div><i><br />
</i></div><div><i>Mas sempre gostei da fantasia. <b>Conto de fada é o que tem magia no meio das letras e principalmente em algo não muito percebido</b>.</i></div><div><i><br />
</i></div><div><i>As lacunas de silêncio no que não é dito ou explicado demais.</i></div><div><i><br />
</i></div><div><i>Nessas lacunas eu posso criar o mundo do livro que estou lendo moldado aos meus pensamentos, conceitos prévios e ideias de fantasia. Conversava com meus amigos de recreio sobre o livro que lia e como imaginava aquele mundo, muitas vezes tão diverso do que o autor sequer tivesse pensado. Pensava eu.</i></div><div><i><br />
</i></div><div><i>Na internet, tive o apelido de Menestrel por gostar de tocar violão. Mas poucas pessoas viram além disso: o que era encoberto. Um menestrel dos contos de fadas. Isso foi há tempos.</i></div><div><i><br />
</i></div><div> <div><i>Mas ele voltou. Comprei um livro da Mila Fernandes chamado </i>Reino das Névoas<i>. </i></div></div><div><i><br />
</i></div><div><i>Acredito que o bom autor é o que instiga, aguça e leva você a pensar febrilmente enquanto lê porque é impossível não relaxar a mente para absorver todos os odores e texturas do texto.</i></div><div><i><br />
</i></div><div><i>Foi assim com este livro. Do prefácio ao final. Bem redigido. Contendo o coração da autora e seus riscos no papel. Papel que sangrou em momentos fortes. </i></div><div><i><br />
</i></div><div><i>Quando a primeira página se abriu e vi a ilustração do unicórnio, sabia que não poderia conter o menestrel.</i></div><div><i><br />
</i></div><div><i>Ele entrou nas páginas e acompanhou as narrativas fantásticas, quieto, tocando uma flauta para acompanhar o momento ou um violino em momentos mais dramáticos.</i></div><div><i><br />
</i></div><div><i>Ele viu a princesa da torre, cantou para o casal de caolhos e embalou o encontro entre Niev e o Lobo. Nada fez para mudar o que acontecia, mesmo ao sofrer pela brutalidade em alguns trechos.</i></div><div><i><br />
</i></div><div><i>Quando tudo terminou, voltei para mim. Feliz pela viagem e por poder dizer que estive em paragens da sua mente.</i></div><div><i><br />
</i></div><div><b><i>Mila, obrigado pelas lacunas deixadas como portas para que eu entrasse nessa viagem... de sonho e pesadelo... mas, principalmente, de redescobrimento.</i></b></div><div><i><br />
</i></div><div><i>Parabéns e... o próximo virá quando? O menestrel já pensa em voltar a viver... </i></div></blockquote><blockquote><div><b>Fabio Luiz Silva, ilustrador</b> </div></blockquote>Camila Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/00281836503921538472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4133242961201688601.post-12230910628045563092011-09-06T14:29:00.000-07:002011-09-06T14:29:21.707-07:00Campanha na Revista Fantástica<blockquote><i><span class="commentBody" data-jsid="text">Uma empresa não sobrevive sem o consumidor de seu produto, então o leitor é o responsável por toda a cadeia, desde o autor até o livreiro.</span></i></blockquote><br />
<span class="commentBody" data-jsid="text">A frase acima é da Carol Chiovatto, da <a href="http://www.revistafantastica.com.br/"><i>Revista Fantástica</i></a>. O que Carol propõe é uma grande campanha em prol da literatura brasileira, nas grandes livrarias, a ser perpetrada principalmente por VOCÊ, leitor. Confira como é fácil - e indolor - <a href="http://www.revistafantastica.com.br/colunas/coluna.php?idColuna=120&idColunaPrincipal=8">fazer a sua parte</a>!</span><span class="commentBody" data-jsid="text"> </span><br />
<span class="commentBody" data-jsid="text"><br />
</span><br />
<span class="commentBody" data-jsid="text">Carol começa sua campanha citando um episódio exemplar incluindo o meu livro e uma grande livraria:</span><br />
<span class="commentBody" data-jsid="text"><br />
</span><br />
<blockquote><span class="estilo16"><span style="font-family: inherit; font-size: small;"><span><em>Hohe, fui à Livraria Cultura e perguntei se tinham o <b>Reino das Névoas</b>, da Camila Fernandes, pela Tarja Editorial. <b>Não tinham, mas podiam encomendar</b>. Demora: sete dias úteis, 30 reais (5 mais caro do que eu conseguiria direto com a Tarja ou com a autora e muito mais demorado). E sabem o que eu fiz? <b>Encomendei o livro</b>. Vou esperar 7 dias úteis e pagar 5 conto a mais. Por quê? Oras, 5 contos é o dinheiro de uma Coca, que tomo todo dia religiosamente. E eu quero que o livreiro saiba que tem gente interessada no livro (e MUITA GENTE). Então, para que encontremos livros de nossas pequenas editoras nas grandes livrarias, que tal começar a fazer isso? Perguntar se tem, encomendar? A diferença de preço é pequena, e ainda ajudamos as editoras de verdade (que fazem o trabalho editorial, em vez de mera tradução e distribuição).</em></span></span></span> </blockquote><blockquote><i>E por que esse assunto entrou aqui? </i></blockquote><blockquote><i>Bem, a verdade está resumida nessa pequena notinha. Imaginem se mais umas três ou quatro pessoas chegarem atrás desse livro lá na Cultura, e algumas mais o procurarem na Saraiva, ou na Nobel, ou na Fnac (ou, se você está no RJ, na Livraria da Vila, na Travessa), ou em livrarias do Brasil todo (perdoem não saber o nome das mais tradicionais de cada canto).<span class="estilo16"></span> </i></blockquote><blockquote><i><span class="estilo16">O que eu quero dizer é que, se o livreiro notar certa procura, ele pode decidir pedir mais exemplares para a editora e quem sabe até deixá-lo esposto. A capa é linda e pode atrair outros frequentadores da livraria. E, se esses frequentadores gostarem do que está escrito na quarta capa e nas orelhas, e folhearem o livro, talvez o comprem. E, se mais gente comprar, mais os livreiros vão pedir.</span></i> </blockquote><br />
O resto da proposta você confere no site da <a href="http://www.revistafantastica.com.br/colunas/coluna.php?idColuna=120&idColunaPrincipal=8"><i>Revista Fantástica</i></a>. Passe por lá agora mesmo! <br />
<h6 class="uiStreamMessage" data-ft="{"type":1}" style="font-family: inherit; font-weight: normal;"><span style="font-size: small;"><span class="messageBody" data-ft="{"type":3}">Ei, leitor. É sério: faça a sua parte! Apóie a literatura brasileira! Compre livros de autores brasileiros!</span></span></h6><h6 class="uiStreamMessage" data-ft="{"type":1}" style="font-family: inherit; font-weight: normal;"><span style="font-size: small;"><span class="messageBody" data-ft="{"type":3}">Ou vai ficar aí só no <i>download</i> piratex?</span></span></h6>Camila Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/00281836503921538472noreply@blogger.com0